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Covid-19: Falta de rotinas médicas pode matar 1,2 milhões de crianças em 6 meses

22 de junho de 2020 às 14:42

Pandemia também causou um atraso nas campanhas de vacinação e o Unicef ??estima que, pelo menos, 80 milhões de bebés com menos de um ano de idade correm o risco de contrair doenças como difteria, sarampo ou poliomielite.

A Unicef ??avisou, esta segunda-feira, que a pandemia de coronavírus pode provocar a morte de 1,2 milhões de menores de 5 anos nos próximos seis meses, devido à cobertura reduzida dos serviços médicos de rotina e ao aumento da desnutrição.

A pandemia global também causou um atraso nas campanhas de vacinação e o Unicef ??estima que, pelo menos, 80 milhões de bebés com menos de um ano de idade correm o risco de contrair doenças como difteria, sarampo ou poliomielite, 23 milhões dos quais em África.

Num relatório elaborado pela Unicef ??Espanha e pela ISGlobal, as organizações sublinham que a covid-19 põe em risco as metas alcançadas nas últimas três décadas na luta contra a mortalidade infantil na Espanha, razão pela qual, sublinham, a cooperação internacional deve ser uma prioridade.

As duas organizações concentraram-se em analisar a luta contra doenças evitáveis, nomeadamente a pneumonia, que é a principal causa de morte de crianças menores de 5 anos, mas que pode ser evitada com muita facilidade através da administração da vacina pneumocócica conjugada (PCV) e de um diagnóstico precoce da doença.

Na Etiópia, entre 1990 e 2018, a taxa de mortalidade infantil foi reduzida em 267% e em Moçambique 400%.

"Estes dados demonstram a importância de investir no sistema de saúde para impedir possíveis pandemias e também para poder preveni-las e tratá-las a tempo", argumentam a Unicef ??e a ISGlobal.

Antes da pandemia, era estimado que 52 milhões de crianças com menos de cinco anos pudessem morrer até 2030.

A pandemia do novo coronavírus já causou a morte a pelo menos 468.518 pessoas e infetou quase nove milhões em todo o mundo desde dezembro, segundo um balanço da agência AFP baseado em dados oficiais.

O número de casos diagnosticados reflete, no entanto, apenas uma fração do total real de infeções, já que alguns países estão a testar apenas casos graves, outros usam o teste como uma prioridade para rastreamento e muitos países pobres têm apenas capacidade limitada de rastreamento.

Os Estados Unidos, que registaram a primeira morte ligada ao coronavírus no início de fevereiro, são o país mais afetado em termos de número de mortes e casos, com 119.977 e 2.280.969 casos, respetivamente. Pelo menos 617.460 pessoas foram declaradas curadas.

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil com 50.617 mortes em 1.085.038 casos, Reino Unido com 42.632 mortes (304.331 casos), Itália com 34.634 mortes (238.499 casos) e França com 29.640 mortos (196.878 casos).

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