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Covid-19: Bolívia em "quarentena total" a partir de domingo

21 de março de 2020 às 17:38

"Devemos ficar em casa 24 sobre 24 horas, porque esta é a forma de vencer o coronavírus", declarou a presidente interina do país.

A Bolívia entrará em "quarentena total" este domingo para combater a disseminação da covid-19, anunciou hoje a presidente interina do país, Jeanine Áñez.

"Devemos ficar em casa 24 sobre 24 horas, porque esta é a forma de vencer o coronavírus", declarou Áñez, numa mensagem à Nação, que conta com 19 casos confirmados de infeção com a covid-19.

A autoproclamada presidente interina da Bolívia precisou que esta medida, "dura, mas necessária", entrará em vigor às 00:00 da noite de sábado para domingo (04:00 de domingo em Lisboa) e durará 14 dias, e detalhou que, durante a vigência da quarentena, apenas uma pessoa por família poderá sair de casa para fazer compras nas lojas autorizadas pelo Governo, que encerrarão ao meio-dia.

Áñez esclareceu ainda que os centros de produção, as farmácias, os hospitais e os centros de saúde permanecerão "abertos com normalidade e em estado de alerta".

"Peço-lhes que mantenham a tranquilidade e a calma, porque o nosso primeiro inimigo é o vírus, mas o segundo é o pânico. Vamos ter de conter ambos com união e serenidade", sentenciou numa mensagem emitida pela televisão, na qual anunciou que serão acionadas "novas ajudas económicas".

Na sexta-feira, várias autoridades municipais, diretores de hospitais e políticos tinham instado o Governo interino a declarar a quarentena total, depois de, na passada quarta-feira, já ter sido determinado o recolher obrigatório entre as 17:00 e as 05:00 e de, na quinta-feira, o país ter encerrado as suas fronteiras aos estrangeiros e ter suprimido os voos internacionais.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 271 mil pessoas em todo o mundo, das quais pelo menos 11.401 morreram.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 164 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 4.032 mortos em 47.021 casos. Segundo as autoridades italianas, 5.129 dos infetados já estão curados.

A Espanha regista 1.326 mortes (24.926 casos) e a França 450 mortes (12.612 casos).

Os países mais afetados a seguir à Itália e à China são o Irão, com 1.556 mortes num total de 20.610 casos, a Espanha, com 1.236 mortes (24.926 casos), a França, com 450 mortes (12.612 casos), e os Estados Unidos, com 260 mortes (19.624 casos).

A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, onde a epidemia surgiu no final de dezembro, conta com um total de 81.008 casos (32 são novos casos registados entre sexta-feira e hoje), tendo sido registados 3.255 mortes (sete novas) e 71.740 pessoas curadas.

Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

Em Portugal, há 12 mortes e 1.280 infeções confirmadas.

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