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Coronavírus. Quase metade da população escolar mundial está sem aulas

18 de março de 2020 às 15:17

UNESCO estima que os números vão continuar a aumentar, à semelhança do que tem acontecido nos últimos dias.

Mais de 850 milhões de crianças e jovens em todo o mundo, quase metade da população escolar mundial, estão sem aulas devido às medidas de contenção para travar a propagação do novo coronavírus, anunciou hoje a UNESCO.

Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), estes dados são relativos a terça-feira, com a agência internacional a estimar que os números vão continuar a aumentar, à semelhança do que tem acontecido nos últimos dias.

Em declarações feitas na terça-feira ao serviço de notícias ONU News, o representante da UNESCO, Vincent Defourny, referiu que os números disponíveis até então apontavam que mais de 776,7 milhões de crianças e jovens em todo o mundo estavam fora das salas de aulas por causa do novo coronavírus.

Os números divulgados hoje pela UNESCO referem que, até terça-feira, 102 países (incluindo Portugal) tinham todos os estabelecimentos de ensino (incluindo universidades) encerrados a nível nacional. E outros 11 países tinham encerramentos parciais, em zonas específicas dos respetivos territórios.

A UNESCO frisou que a atual situação representa "um desafio sem precedentes" para o setor da educação.

Nas declarações feitas na terça-feira, Vincent Defourny disse que a UNESCO está a trabalhar, juntamente com as autoridades dos países, para procurar soluções que permitam uma aprendizagem à distância e inclusiva.

A UNESCO tem destacado que o encerramento dos estabelecimentos de ensino, mesmo que seja temporário, representa um custo social e económico alto, lembrando, por exemplo, questões relacionadas com a alimentação das crianças, uma vez que muitos menores ficam sem alimentos a que têm acesso na escola.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou, até à data, mais de 194 mil pessoas, das quais mais de 7.800 morreram.

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 81 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 150 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Depois da China, a Europa tornou-se o epicentro da pandemia.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 642, mais 194 do que os contabilizados na terça-feira.

Portugal contabiliza duas mortes de pessoas infetadas e três casos recuperados.

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