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Autor do atropelamento em Liverpool é ex-militar e pai

Gabriela Ângelo 30 de maio de 2025 às 18:45

Paul Doyle fez pelo menos 79 feridos, dos quais uma criança que sofreu ferimentos graves. Foi esta sexta-feira presente a tribunal.

Paul Doyle, de 53 anos, que foi acusado de sete crimes no atropelamento em Liverpool no início da semana, apresentou-se esta sexta-feira perante o juiz no tribunal da cidade inglesa.

Elizabeth Cook/PA via AP

O condutor, que atropelou e feriu vários adeptos do Liverpool durante as celebrações da vitória do clube na liga inglesa, na segunda-feira, foi detido na altura e foi questionado pelas forças de segurança e de inteligência. 

Doyle vem da zona leste de Derby na cidade de Liverpool, é pai de três filhos, foi um comando da marinha inglesa e tem uma carreira em ciberseguraça.

Segundo os meios de comunicação britânicos, o condutor pareceu visivelmente emocionado quando apareceu no Tribunal de Liverpool e abanou a cabeça quando o procurador Philip Astbury disse ao tribunal que ele "conduziu deliberadamente" contra uma multidão de pessoas.

Astbury disse ainda que Doyle "usou o seu veículo como arma para ferir", enquanto Richard Derby, o advogado de defesa, disse que, nesta fase, não havia qualquer indicação de que Doyle se tivesse pronunciado sobre as acusações.

Depois de uma audiência de 12 minutos, o suspeito foi detido e informado pelo juiz distrital Paul Healey de que iria comparecer no tribunal da coroa de Liverpool perante o juiz Menary KC, onde os casos mais graves são julgados. Ficou a saber que no dia 14 de agosto irá novamente a tribunal para ouvir os crimes de que será formalmente acusado.

Pelo menos 79 pessoas ficaram feridas como resultado do atropelamento, das quais 27 foram transportadas para o hospital. As acusações dizem respeito a seis vítimas, duas delas referem-se a uma criança que sofreu ferimentos graves. 

Apesar da razão do acidente ainda não ter sido revelada, logo no dia do incidente, a polícia confirmou que não se tratava de uma questão de terrorismo. A assistente do chefe de polícia de Merseyside, Jenny Sims, disse que estava "determinada a recolher o máximo de provas possível".

"Os nossos detetives estão a trabalhar incansavelmente, com diligência e profissionalismo, para procurar as respostas a todas essas perguntas. Quando pudermos, forneceremos mais informações", concluiu.

A detetive Rachel Wilson, da polícia de Merseyside, afirmou ainda que "está em curso uma investigação exaustiva sobre as circunstâncias exatas do incidente e continuamos a pedir às pessoas que não especulem sobre as circunstâncias que rodearam o incidente e que se abstenham de partilhar conteúdos angustiantes na Internet."

Milhares de pessoas tinham-se reunido na cidade para ver os vencedores do título exibirem o troféu da Premier League quando o incidente ocorreu, por volta das 18 horas de segunda-feira.

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