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China vai continuar a vacinar grupos de risco à Covid-19

19 de dezembro de 2020 às 09:03

Antes de passar à vacinação maciça, China vai continuar a vacinar grupos de risco de contrair a covid-19, como trabalhadores sanitários, alfandegários e dos transportes.

A China vai continuar a vacinar grupos de risco de contrair a covid-19, como trabalhadores sanitários, alfandegários e dos transportes, antes de iniciar campanhas de inoculação em maior escala, anunciaram hoje as autoridades chinesas.

"O objetivo é criar imunidade de grupo mediante um processo de vacinação em várias fases", afirmou o subdiretor da Comissão de Saúde da China, Zeng Yixin, em conferência de imprensa.

O responsável salientou que, nesta fase, serão vacinados os grupos de maior risco de infeção no inverno e na primavera, incluindo "pessoal que trabalha na cadeia de frio e nos mercados de alimentos frescos, bem como trabalhadores alfandegários, dos transportes e da saúde. E quem sair para estudar ou trabalhar no estrangeiro".

Zeng sublinhou que a prioridade das autoridades chinesas é proteger estes grupos de risco para prevenir surtos, dado que a situação no país é "muito diferente" da de outros que registam centenas de casos diários de covid-19.

"Vamos desenvolver os nossos planos de vacinação em função da situação da pandemia. Na China, a situação é, de um modo geral, estável, ao contrário de outros países. Estamos a fazer um muito bom trabalho de prevenção", disse.

Em 22 de julho, a China autorizou o uso de candidatas a vacinas contra a covid-19 no pessoal médico e funcionários para "casos de emergência".

Desde então, um milhão de pessoas já foi vacinada "sem que tenham sido registadas reações adversas", indicou o diretor do Departamento de Desenvolvimento de Ciência e Tecnologia daquela Comissão, Zheng Zhongwei, na mesma conferência de imprensa.

Zheng afirmou que 60 mil pessoas que viajaram para o estrangeiro receberam a vacina para casos de alto risco e não ficaram infetadas.

"Espera-se que as vacinas contra a covid protejam durante mais de meio ano, mas que essa proteção possa estender-se a períodos de cinco a dez anos, ou por toda a vida, ainda é incerto", acrescentou.

O responsável indicou que três empresas chinesas, com "luz verde" nas inspeções de biossegurança, vão começar a produção em massa de vacinas "depois destas serem oficialmente aprovadas".

Pequim ainda não anunciou oficialmente a autorização para as vacinas do país que já concluíram a terceira fase dos testes clínicos.

De acordo com o jornal de Hong Kong South China Morning Post, a China vai vacinar 50 milhões de pessoas de grupos de alta prioridade para as férias do Ano Novo lunar, com início em 12 de fevereiro próximo, para prevenir surtos durante a maior migração interna do planeta.

A vacinação para a população chinesa, em geral, só deverá começar depois do Ano Novo lunar, indicou o diário.

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