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Catástrofes deste ano custam menos às seguradoras por falta de cobertura

19 de dezembro de 2019 às 15:35

Ciclones foram os eventos naturais mais devastadores, com o primeiro semestre a ser marcado pelos ciclones Idai e Kenneth em Moçambique e países vizinhos e pelo Fani na Índia. Estas catástrofes somaram quase 1.400 vítimas.

As perdas económicas relacionadas com desastres naturais e humanos foram menores em 2019 do que no ano passado, descendo de 158 mil milhões de euros para 125 mil milhões, sobretudo devido à pouca cobertura dos seguros nas zonas afetadas.

Segundo estimativas publicadas esta quinta-feoira  pela resseguradora suíça Swiss Re, só as catástrofes naturais provocaram prejuízos de cerca de 120 mil milhões de euros, o que representa uma descida de 20% face aos valores do ano passado.

Os ciclones foram os eventos naturais mais devastadores, com o primeiro semestre a ser marcado pelos ciclones Idai e Kenneth em Moçambique e países vizinhos e pelo Fani na Índia. Estas catástrofes somaram quase 1.400 vítimas.

No entanto, os custos para as seguradoras foram moderados, adianta a resseguradora, explicando que nessas regiões as coberturas dos seguros são muito baixas.

Na segunda metade do ano, a catástrofe natural mais devastadora foi o furacão Dorian, que atingiu as Bahamas e a Carolina do Norte, nos Estados Unidos, e custou sozinho quase quatro mil milhões de euros às seguradoras.

Entre os eventos mais caros para as seguradoras conta-se o supertufão Hagibis, que afetou o Japão e áreas vizinhas em outubro, e que custou mais de 7,1 mil milhões de euros às companhias de seguros.

Um mês antes, o tufão Faxai, que também afetou o Japão, já tinha causado às seguradoras perdas económicas de mais de seis mil milhões de euros.

Também as perdas provocadas por desastres causados pelo homem, como incêndios ou acidentes industriais, diminuíram este ano relativamente a 2018, custando cerca de 6,2 mil milhões de euros, ou seja, menos 31% do que no ano passado.

As perdas causadas por desastres humanos e cobertas pelas companhias de seguros atingiram os 50,3 mil milhões de euros, ficando abaixo da média nos últimos dez anos.

Em 2018, os danos cobertos pelas seguradoras totalizaram 93 mil milhões de euros, afirmou o grupo suíço.

Em relação às perdas humanas, cerca de 11.000 pessoas morreram ou desapareceram em todo o mundo.

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