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Catalunha: Puigdemont critica "deslealdade" após reunião da líder parlamentar

20 de outubro de 2019 às 11:42

Presidente do Parlamento da Catalunha, Roger Torrent, convocou reunião para baixar a tensão e alcançar uma solução democrática para o conflito politico na Catalunha.

O ex-presidente do governo regional da Catalunha, Carles Puigdemont, advertiu hoje que a "deslealdade e a divisão intencionais" no espaço independentista são um obstáculo "difícil de superar", numa resposta à iniciativa do presidente do Parlamento da Catalunha, Roger Torrent.

Torrent, a autarca de Barcelona, Ada Colau e representantes do CCOO, UGT, Pimec, Foment del Treball, Circulo de Economia, LaFede.cta, a Taula del Tercer Sector e a FAVB reuniram-se no sábado para criar um espaço de trabalho que tem como objetivo baixar a tensão e alcançar uma solução democrática para o conflito politico na Catalunha.

A iniciativa incomodou aoJxCat, que criticou o facto de não ter sido informada do encontro e de ter sido "vetada" a Assembleia Nacional Catalã (ANC), pelo que pediu explicações a Torrent.

Nesse contexto, o líder do JxCat, Carles Puigdemont, lançou uma mensagem na rede social Twitter: "a deslealdade e a divisão intencionais são um grave obstáculo, difícil de superar. Nenhum calculo partidário o justifica. Alguns vão dar conta quando já for demasiado tarde e descobrirão que a unidade que tanto reclamamos haveria sido muito eficaz nestes momentos".

O primeiro vice-presidente do Parlamento e deputado do JxCat, Josep costa, lamentou-se na mesma rede social, avançando que conheceu a proposta de Torrent pela imprensa e que não se tenha criado um espaço de trabalho "transversal".

"Faz-nos falta unidade e não iniciativas sectárias", disse.

Hoje, uma centena de pessoas deslocou-se até à residência de Puigdemont, na localidade belga de Waterloo, para iniciar uma marcha de 17 quilómetros até Bruxelas para protestar contra a sentença do Supremo Tribunal aplicada aos políticos independentistas.

Puigdemont foi saudar os manifestantes, que se juntaram debaixo de chuva, e disse-lhes que não os podia acompanhar porque tinha "trabalho".

Seis pessoas foram atendidas esta noite nos serviços de emergência médica de Barcelona, em Espanha, nesta jornada mais tranquila da semana na Catalunha, após quatro noites de graves confrontos com a polícia nas ruas.

Com a polícia em alerta máximo devido à escalada de violência nos últimos dias, e um grande dispositivo no centro de Barcelona, houve apenas momentos de tensão intermitentes na praça Urquinaona, epicentro da batalha campal de sexta-feira.

Os movimentos de protesto começaram na segunda-feira, depois de ser conhecida a sentença contra os principais políticos catalães responsáveis pela tentativa de independência, em outubro de 2017.

Os juízes decidiram condenar nove deles a penas até 13 anos de prisão, por delitos de sedição e peculato.

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