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Biden garante "defender literalmente cada centímetro da NATO"

Débora Calheiros Lourenço 22 de fevereiro de 2023 às 20:35

Na capital polaca estiveram reunidos os líderes da Bulgária, Chéquia, Estónia, Letónia, Lituânia, Polónia, Roménia, Hungria e Eslováquia, conhecidos como o Grupo dos Nove de Bucareste, mais Joe Biden e Jens Stoltenberg.

Joe Biden esteve esta quarta-feira reunido, em Varsóvia, com os líderes dos países do Leste europeu que pertencem à NATO, o chamado Grupo dos Nove de Bucareste, e reafirmou o apoio da Aliança militar a estes países.

REUTERS/Evelyn Hockstein

O presidente dos Estados Unidos defendeu que a Aliança vai trabalhar para "defender literalmente cada centímetro da NATO". A proximidade destas nações à Ucrânia e à Rússia tem levado a que alguns destes líderes peçam uma participação da NATO mais direta na guerra e um maior envolvimento dos Estados Unidos na defesa do Leste europeu.

Joe Biden relembrou o 5º artigo da Aliança Atlântica, que refere que "um ataque contra um ou vários aliados será considerado um ataque contra todos", e considerou esse mesmo artigo como "sagrado".

"Vocês sabem, melhor do que ninguém, o que está em causa neste conflito. Não apenas para a Ucrânia, mas para a liberdade das democracias na Europa e por todo o mundo. Vocês estão na linha da frente da nossa coletiva", declarou o líder norte-americano durante a reunião.

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, também esteve presente e considerou que a Aliança deve dar o apoio necessário aos países de leste uma vez que é imperativo "travar o ciclo de agressão russa" e "garantir que a história não se repete". Este apoio deve ser dado também à Ucrânia, fornecendo todo "aquilo de que necessita para vencer".

Na capital polaca estiveram reunidos os líderes da Bulgária, Chéquia, Estónia, Letónia, Lituânia, Polónia, Roménia, Hungria e Eslováquia.

No entanto o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, não participou na reunião após ter acusado a União Europeia de ser culpada de prolongar o conflito na Ucrânia e garantir que a Hungria "não vai cortar relações com a Rússia", uma vez que tal interesse não estaria de acordo com os "interesses nacionais": "A guerra não é um conflito entre os exércitos do bem e do mal, mas entre dois países eslavos. É a guerra deles, não nossa".

Ainda assim a Hungria decidiu assinar a declaração final da reunião que condena "firmemente" a agressão russa e foi subscrita por unanimidade.

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