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Biden admite "estar a discutir" ataque israelita a alvos petrolíferos no Irão. "Não será hoje", diz

Jornal de Negócios 03 de outubro de 2024 às 16:23

Questionado sobre se apoiava o ataque de Israel a centros de produção de petróleo no Irão, o presidente dos EUA não nega estar a ponderar um ataque. O Irão é um dos membros da Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+). Petróleo dispara.

Joe Biden deixou em aberto a hipótese de Israel atacar instalações petrolíferas do Irão. Na tarde desta quinta-feira, quando questionado sobre se os EUA apoiariam o país aliado numa retaliação ao ataque desta semana, o presidente dos EUA diz estar "a discutir" o tema. 

Biden

Ainda assim, disse não acreditar num ataque de Israel ao Irão já esta quinta-feira, numa altura em que Teerão aguarda com grande tensão uma resposta ao ataque maciço com mísseis levado a cabo esta terça-feira.

Questionado ainda se "permitiria" que Israel retaliasse o ataque, Biden afirmou que: "em primeiro lugar, nós não damos permissão a Israel, nós aconselhamos Israel. E não vai acontecer nada hoje", garantiu Biden, em declarações aos jornalistas, na Casa Branca.

De recordar que o Irão é um dos membros da Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) e, portanto, qualquer ataque poderá pôr em causa a quantidade de crude disponível no mercado.

As declarações do presidente dos Estados Unidos estão a agitar o mercado de ações petrolífero. As cotações do "ouro negro" estão a escalar: a esta hora, o West Texas Intermediate (WTI), de referência para os Estados Unidos, soma 4,21%, para os 73,05 dólares por barril. Já o Brent, de referência para o continente europeu, avança 3,59% para 76,55 dólares.

O Médio Oriente representa cerca de um terço do abastecimento mundial de crude e os investidores receiam que a última escalada do conflito possa afetar a exportação, sobretudo se as instalações energéticas forem atacadas ou se as rotas de abastecimento forem bloqueadas.

Um ataque de Israel às exportações do Irão poderia significar a retirada diária de 1,5 milhões de barris do mercado, segundo analistas do Citigroup, citados pela Bloomberg.

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