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Crítica de cinema: 120 Batimentos por Minuto

120 Batimentos por Minuto é um filme do realizador Robin Campillo e conta a história de um grupo de jovens seropositivos na luta pela visibilidade da causa

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Edição de 5 a 11 de agosto
Tiago Santos 13 de dezembro de 2017 às 11:00
D.R.

Este é o terceiro filme realizado por Robin Campillo, mas é no seu trabalho como argumentista que se encontra uma linguagem comum com 120 Batimentos por Minuto: tal como emA Turma (2008), de Laurent Cantet (com quem colabora frequentemente), também aqui é o sentimento de comunidade que permite combater a inépcia do Estado e das Instituições que nos deviam proteger. É a celebração da resistência em tempo de ignorância, quando a Act Up Paris, no fim dos anos 80, exigia que os gritos dos infectados pelo vírus do VIH fizessem parte da discussão pública, pressionando as grandes farmacêuticas com a urgência dos que sabem que a morte se aproxima a cada segundo. 120 Batimentos por Minuto é um filme colectivo que ainda encontra tempo para uma história de amor, fotografado de forma orgânica e urgente (o que se reflecte nas convincentes interpretações), representando a sua sexualidade sem pudor ou censura. Campillo sabe que a empatia pelas suas personagens está garantida, que qualquer pessoa decente estará do lado de uma luta que foi justa e trágica, e é essa liberdade que lhe permite uma apreciável honestidade - e que lhe terá garantido o Grande Prémio do Júri no último Festival de Cannes. 

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