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Um Príncipe em Nova Iorque 2: de volta à Terra Livre

33 anos depois do original, o príncipe Akeem está de volta para reconquistar os fãs de um Eddie Murphy em pico de forma. Um Príncipe em Nova Iorque 2 estreia a 5 de março, na Amazon Prime.

Pedro Henrique Miranda 05 de março de 2021 às 14:00

Eram outros tempos para Eddie Murphy. Ainda a colher os frutos do seu aplaudido tempo no Saturday Night Live (cuja revitalização de 1980 a 1984 lhe é, em grande medida, devida), o jovem comediante era, no fim da década de 80, uma presença da qual a América não se cansava.

A comédia romântica Um Príncipe em Nova Iorque, de 1988, em que interpreta o titular príncipe Akeem da ficcional nação africana de Zamunda, é testemunho da influência que Murphy já comandava na indústria: uma de muitas colaborações com o realizador John Landis, o filme é baseado numa história concebida por Murphy e escrita pelos ex-argumentistas do SNL David Sheffield e Barry W. Blaustein.

As impressões digitais do célebre programa de vinhetas encontram-se por todo este filme em que, frustrado pelo casamento arranjado pelos pais, o príncipe viaja até Nova Iorque com o melhor amigo, Semmi (Arsenio Hall), à procura do amor verdadeiro. Além de Murphy e Hall interpretarem diversas personagens (sem que o espectador dê por isso), e das súbitas incursões no humor adulto, Um Príncipe em Nova Iorque vive, sobretudo, da comédia intrínseca ao confronto entre o tradicionalismo africano e a modernidade americana.

No fim, Akeem encontra a mulher (Shari Headley) que buscava, vivem felizes para sempre, e esse deveria ter sido o fim da história. Foram precisos 30 anos para que se decidisse pegar novamente nas personagens de Murphy: desta feita, o príncipe Akeem, prestes a tornar-se rei de Zamunda, descobre que deixou um filho em Nova Iorque, o que o motiva a retornar à Terra dos Livres para mais um conjunto de desventuras.

Os argumentistas do SNL estão de volta, bem como Murphy, Hall, Headley e James Earl Jones; mas os tempos são outros, e, com um elenco quase exclusivamente negro, surge uma boa oportunidade para um Murphy bem diferente do que encontrámos no primeiro filme comentar o estado atual da América.

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