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Reportagem: A última viagem do Atlântida

Joana Carvalho Fernandes 29 de abril de 2016 às 13:37

Foi encomendado e rejeitado pelos Açores: custou 7 euros a cada português. A Douro Azul comprou-o em saldo e vai transformá-lo num cruzeiro de luxo para navegar no Brasil

Quando Mário Ferreira se sentou para jantar, tinha 123 mensagens e 92 mil emails por ler. Era quarta-feira, 1 de Outubro, e o Atlântida cumpria o segundo dia da sua última viagem – já com nove horas de atraso. O presidente da Douro Azul, novo proprietário do navio, foi obrigado a cancelar seis compromissos. Há oito dias que uma equipa de 50 especialistas preparava o ferry: o navio sairia às 20h do Arsenal do Alfeite, em Almada, e viajaria até Viana do Castelo, para atracar, às 11h do dia seguinte (15 horas depois), nos estaleiros da West Sea, empresa criada pela Martifer para gerir a subconcessão dos estaleiros do Estado. Vai ser transformado num cruzeiro de luxo no mesmo estaleiro que ajudou a afundar e que agora está em mãos privadas.

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