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Novo Banco enviou documento ao Governo em que previa muito menos perdas

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 11 de setembro de 2020 às 09:28

As perdas estimadas no documento entregue em mão pela administração de António Ramalho, antes da venda do banco, pressupunham que menos de metade da garantia pública fosse usada. Bruxelas avisou que números não eram fiáveis. Em três anos, o banco usou 75% da garantia.

Corria o processo de venda do Novo Banco quando ao Ministério das Finanças e ao Banco de Portugal chegou um documento, em papel, oriundo da administração do Novo Banco. Nesse documento estava uma estimativa das perdas que a administração do banco, a partir de informação prestada pelos serviços, admitia que poderiam acontecer nos activos cobertos pela garantia pública: crédito mal parado, imobiliário e terrenos executados a devedores e unidades de participação em fundos de reestruturação de devedores.

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