Morreu Alberto Gomes da Silva, proprietário da empresa da Pasta Medicinal Couto

Lusa 08 de maio
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Alberto Ferreira do Couto criou, em 1932 e com a colaboração de um dentista, a Pasta Medicinal Couto.

O empresário Alberto Dionísio Ribeiro Gomes da Silva, proprietário da Couto S.A. e sobrinho do criador da Pasta Medicinal Couto, morreu hoje aos 85 anos, anunciou a Fundação Couto, da qual é fundador.

Alberto Gomes da Silva em 2007.
Alberto Gomes da Silva em 2007. Ricardo Meireles
"Perdemos hoje um amigo de longa data, com quem tivemos o privilégio de partilhar sucessos e insucessos desta instituição, sempre em prol dos interesses das crianças e na sua boa máxima e ideário de 'Aprender com alegria para crescer com sabedoria'. Sempre serviu toda a comunidade de Vila Nova de Gaia e Porto com distinção e honra, imbuído de valores humanistas, de uma visão progressista e de um forte dever cívico", lê-se num comunicado partilhado hoje nas contas da Fundação Couto, estrutura com estatuto de Instituição Particular de Solidariedade Social, nas redes sociais Facebook e Instagram.

A morte de Alberto Dionísio Ribeiro Gomes da Silva, "proprietário da Couto S.A. (a famosa Pasta Medicinal Couto) e fundador da Fundação Couto, com vasto e reconhecido trabalho social em Vila Nova de Gaia", foi também divulgada pela agência funerária Servilusa, em comunicado.

As origens da Couto S.A. remontam a 1918. Nesse ano surgiu, no Porto, a Flores e Couto, que em 1932 viria a chamar-se Couto, Lda., cuja administração ficaria a cargo de Alberto Ferreira do Couto, tio de Alberto Dionísio Gomes da Silva.

Alberto Ferreira do Couto criou, em 1932 e com a colaboração de um dentista, a Pasta Medicinal Couto.

Em 1974, após a morte do tio, Alberto Dionísio Gomes da Silva assumiria a administração da empresa, responsável também por produtos como o Restaurador Olex.

Em 2012, Alberto Dionísio Gomes da Silva avançava à Lusa as intenções de vender a empresa até 2017, mas a história da centenária marca portuguesa acabou por ser agitada por um casamento.

Alberto e Alexandra Matos, gestora empresarial, deram o nó e a empresa manteve-se nas mãos da família Couto, com um novo fôlego de expansão dos negócios e que se traduziu em aumentos de vendas de 20% ao ano, como revelou o administrador à Lusa em 2019.

O crescimento de vendas, que atingiu um volume de negócios de um milhão de euros em 2018, deveu-se ao investimento na criação de novos produtos de beleza com 'design' retro, mas também ao turismo, justificou na altura a diretora comercial.

Espanha, França, Itália, Alemanha, Suíça, Áustria, EUA e Coreia são os principais destinos dos produtos Couto, feitos num laboratório fiel "à tradição" e "antigas receitas".

De acordo com a Servilusa, o corpo de Alberto Dionísio Gomes da Silva estará em câmara ardente na Igreja de Nossa Senhora da Lapa, no Porto, entre as 14:00 e as 20:00 de segunda-feira. O funeral está marcado para terça-feira, às 10:15 no mesmo local, seguindo para o crematório anexo.

A funerária refere ainda que está marcada uma missa de sétimo dia para sábado, 12 de maio, na mesma igreja do Porto.
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