Empresa portuguesa foi punida devido a uma campanha promocional.
A Jerónimo Martins vai recorrer da multa de 104,7 milhões de zlotys (24,7 milhões de euros ao câmbio atual) anunciada na segunda-feira pelo regulador polaco UOKiK, responsável pela proteção dos direitos dos consumidores, devido a uma campanha promocional da cadeia de supermercados Biedronka - a maior cadeia de supermercados do país.
Biedronka promove guloseimas com preços especiais
Num comentário enviado ao Negócios, fonte oficial do Grupo Jerónimo Martins diz lamentar a decisão do UOKiK e garante que "dezenas de milhares de consumidores polacos" usufruíram da campanha de vouchers de desconto, "beneficiando da oportunidade de poupança".
"Com base nos factos, iremos defender a nossa posição e vamos recorrer da decisão do UOKiK para o tribunal. Lamentamos que, no decorrer da investigação deste assunto, o UOKiK não tenha levado em consideração o facto de que dezenas de milhares de consumidores polacos descontaram os vouchers desta campanha, beneficiando da oportunidade de poupança que esta oferecia. Acreditamos que esse desconto significativo dos vouchers mostra que os consumidores realmente compreenderam os termos da campanha e a valorizaram", indica a dona do Biedronka.
Num comunicado publicado na sua página oficial na segunda-feira, o UOKiK afirma que a campanha promocional do Biedronka "enganou os clientes" ao recorrer a uma "promessa simples" de "reembolso de 100% em vouchers". Os consumidores, diz, foram surpreendidos "ao descobrir as regras e limitações após a compra".
O regulador explica que os clientes foram incentivados a comprar produtos específicos para os quais receberiam um reembolso de 100% através de um voucher. "No entanto, descobriu-se que os termos para resgatar o voucher eram mais complicados do que o anunciado na rádio, na aplicação de telemóvel, na página do Facebook da Biedronka ou nas lojas da rede. Os consumidores não podiam usá-lo em compras subsequentes, como sugeria o slogan publicitário", pode ler-se no comunicado.
Na prática, explica o UOKiK, a compra de um produto dava direito a um voucher de desconto noutro produto específico, sem qualquer relação ao primeiro. "A compra de chocolate dava direito a um voucher para cosméticos e a compra de carne dava direito a um voucher para bebidas ou doces. Para resgatar um voucher, os clientes precisavam fazer outras compras de uma categoria especificada pelo retalhista e gastar um valor determinado", exemplifica.
Assim, o regulador concluiu que a empresa "violou deliberadamente os interesses coletivos dos consumidores".
Jerónimo Martins vai recorrer de multa de 24,7 milhões de euros imposta pelo regulador polaco
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