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TikTok tem separação total entre entidades europeias e chinesas

Lusa 08 de junho de 2023 às 14:26

"Em termos de organização jurídica do grupo, existe uma separação total" entre o TikTok na Europa "e outras entidades que operam na China", afirmou Eric Garandeau, diretor de assuntos públicos da TikTok SAS, à comissão de inquérito do senado francês sobre a rede social que é muito popular junto dos jovens.

A ByteDance, empresa-mãe da rede social chinesa TikTok, comporta uma "separação total" entre as entidades europeias e chinesas, afirmou esta quinta-feira um executivo da TikTok em França, numa altura em que a empresa enfrenta restrições crescentes no ocidente.

"Em termos de organização jurídica do grupo, existe uma separação total" entre o TikTok na Europa "e outras entidades que operam na China", afirmou Eric Garandeau, diretor de assuntos públicos da TikTok SAS, à comissão de inquérito do senado francês sobre a rede social que é muito popular junto dos jovens.

No que diz respeito às várias filiais europeias, "temos um canal que está inteiramente sujeito a uma lei que não é a lei chinesa", acrescentou o antigo presidente do Centro Nacional de Cinema francês (CNC).

Hoje à tarde, a comissão de inquérito vai ouvir Marlène Masure, diretora-geral de operações para França, Benelux e Europa do Sul da TikTok SAS.

Criada a pedido do grupo Les Indépendants, a comissão de inquérito do senado sobre a utilização da rede social, a sua "exploração de dados" e a sua "estratégia de influência" deverá apresentar as suas conclusões antes das férias de verão do parlamento.

A comissão já ouviu vários peritos, bem como os eurodeputados Raphaël Glucksmann, presidente da Comissão Especial sobre a Ingerência Estrangeira em Todos os Processos Democráticos da União Europeia, e Nathalie Loiseau, presidente da subcomissão da Segurança e da Defesa.

A comissão agendou também uma audição com o ministro da Transição Digital e das Telecomunicações, Jean-Noël Barrot, para dia 19.

Como se trata de uma comissão parlamentar de inquérito, os convocados são obrigados a prestar juramento.

Alegando riscos de cibersegurança, o Governo francês já tinha proibido, em março, o descarregamento e a utilização da controversa rede social chinesa (entre outras aplicações "recreativas") nos telemóveis de trabalho dos seus 2,5 milhões de funcionários públicos, seguindo as pisadas de muitos governos e parlamentos ocidentais.

No final de abril, a União Europeia (UE) apresentou uma lista de 19 grandes plataformas em linha, incluindo o Twitter, o TikTok e os principais serviços da Amazon, Apple, Google, Meta e Microsoft, que serão sujeitos a controlos mais rigorosos a partir do final de agosto.

Vários políticos norte-americanos querem proibir o TikTok nos Estados Unidos. Alegam que a popular plataforma permite a Pequim recolher dados dos utilizadores sem o seu conhecimento e influenciar as suas opiniões, algo que a aplicação sempre negou.

Numa audição perante o Congresso dos EUA, no final de março, o chefe do TikTok, Shou Chew, voltou a afirmar que Pequim não tem acesso a esses dados.

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