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Salário bruto mensal médio por trabalhador sobe 3,6% no 2.º trimestre

Lusa 13 de agosto de 2024 às 12:51

Em junho a remuneração bruta regular mensal média por trabalhador foi de 1.295 euros, registando um aumento homólogo nominal de 6,6% e real (tendo em conta a inflação) de 3,8%.

A remuneração bruta total mensal média por trabalhador (por posto de trabalho) aumentou 6,4% para 1.640 euros no segundo trimestre face ao período homólogo, mas em termos reais a subida foi de 3,6%, divulgou esta terça-feira o INE.

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Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), em junho a remuneração bruta regular mensal média por trabalhador -- que exclui componentes salariais como os subsídios de férias e de Natal, pelo que tem um comportamento menos sazonal -- foi de 1.295 euros, registando um aumento homólogo nominal de 6,6% e real (tendo em conta a inflação) de 3,8%.

Já a remuneração bruta base mensal média por trabalhador situou-se em 1.214 euros e registou um acréscimo nominal de 6,4% e real de 3,6%.

Estes resultados abrangem 4,7 milhões de postos de trabalho, correspondentes a beneficiários da Segurança Social e a subscritores da Caixa Geral de Aposentações, mais 2,4% do que no mesmo período de 2023.

De acordo com o INE, em relação ao trimestre terminado em março, apesar de se ter registado uma aceleração dos preços (de 2,2% para 2,7%), assistiu-se a uma desaceleração das remunerações reais (por exemplo, de 4,2% para 3,6% no caso das remunerações totais).

Face a junho de 2023, no segundo trimestre a remuneração bruta total mensal média aumentou em todas as dimensões de análise (atividade económica, dimensão de empresa, setor institucional, intensidade tecnológica e intensidade de conhecimento).

Os maiores aumentos foram observados nas "indústrias extrativas" (13,6%), nas empresas de 500 e mais trabalhadores (7,3%) e nas empresas de "serviços de mercado com forte intensidade de conhecimento" (11,9%).

Em junho, a remuneração total média por trabalhador variou entre 976 euros nas atividades de "agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca" e 3.588 euros nas atividades de "eletricidade gás, vapor, água quente e fria e ar frio".

Já a remuneração regular e a remuneração base registaram também o seu valor mais baixo nas atividades de "agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca" (830 euros e 810 euros, respetivamente) e o mais alto nas atividades de "eletricidade gás, vapor, água quente e fria e ar frio" (2.816 euros e 2.545 euros).

Por dimensão de empresa, a remuneração total variou entre 1.039 euros nas empresas com um a quatro trabalhadores e 2.044 euros nas empresas com 500 ou mais trabalhadores.

Numa análise por setor institucional verifica-se que as remunerações total, regular e base da Administrações Públicas (AP) aumentaram, em termos reais e homólogos, 3,8%, 4,1% e 4,0%, respetivamente.

No setor privado, o aumento real homólogo foi 3,8% na total, 3,9% na regular e 3,7% na base.

Segundo nota o INE, as diferenças nos níveis remuneratórios médios entre o setor das AP e o setor privado "refletem, entre outras, diferenças no tipo de trabalho realizado, na composição etária (com impacto na acumulação de capital humano e de experiência profissional) e nas qualificações dos trabalhadores que os integram".

"Verifica-se que os trabalhadores do setor das AP têm, em média, níveis de escolaridade mais elevados: 55,7% dos trabalhadores neste setor tinham ensino superior (24,9% no setor privado), 27,1% tinham completado o ensino secundário ou pós-secundário (32,3% no setor privado) e 17,2% tinham um nível de escolaridade correspondente, no máximo, ao 3.º ciclo do ensino básico (42,7% no setor privado)", precisa.

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