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Portugal coloca 1.728 milhões de euros em Bilhetes do Tesouro

16 de março de 2016 às 16:32

A operação teve taxas de juro médias positivas, superiores às dos anteriores leilões

Portugal colocou hoje 1.728 milhões de euros, acima do montante indicativo, em Bilhetes de Tesouro a seis e 12 meses a taxas de juro médias positivas, logo superiores às dos anteriores leilões comparáveis que tinham sido negativas.

Segundo informação da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) na página da Bloomberg, dos 1.728 milhões de euros, 1.285 milhões de euros foram colocados em Bilhetes de Tesouro a 12 meses à taxa de juro média de 0,050%, superior à de -0,001% registada em Janeiro. A procura foi de 1.770 milhões de euros, 1,38 vezes o montante colocado.

Os restantes 443 milhões de euros foram colocados em Bilhetes de Tesouro a seis meses à taxa de juro média de 0,009%, também acima da de -0,013% verificada em Janeiro. O total de propostas de compra cifrou-se em 948 milhões de euros, 2,14 vezes superior ao montante colocado.

O IGCP tinha anunciado que pretendia arrecadar entre 1.200 e 1.500 milhões de euros nestes leilões de Bilhetes de Tesouro que vencem em 23 de Setembro de 2016 (seis meses) e em 17 de Março de 2017 (um ano).

No último leilão comparável, que ocorreu em Janeiro, o IGCP conseguiu superar o montante indicativo global (1.500 milhões) e obteve taxas negativas: colocou 550 milhões de euros a seis meses a uma taxa média de -0,013% e 1.250 milhões de euros a um ano a uma taxa média de -0,001%.

Este foi o último leilão de BT previsto para o primeiro trimestre, durante o qual a agência liderada por Cristina Casalinho prevê emitir entre 3.000 milhões e 3.750 milhões de euros em Bilhetes de Tesouro, através de seis leilões de dívida de curto prazo, entre os seis e os 12 meses.

Segundo o director da gestão de activos do Banco Carregosa, Filipe Silva, "Portugal continua a conseguir emitir a taxas quase de zero e com níveis de procura muito razoáveis".

"Sempre que a República Portuguesa consiga fazer o roll over da dívida a taxas muito baixas é sempre de saudar", afirmou Filipe Silva, adiantando que "emitir a taxas próximas de zero, para um país que tem problemas estruturais na sua economia é de aproveitar" e daí que se compreenda que o montante de dívida emitida até tenha sido superior ao previsto.

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