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OE2020: Costa pede aos parceiros de esquerda relação renovada até ao fim da legislatura

17 de junho de 2020 às 18:53

Primeiro-ministro advertiu que, na sequência da crise provocada pela pandemia de covid-19, "ninguém perdoará - em particular os jovens - se o sistema político dispersar energias ou desperdiçar recursos".

O primeiro-ministro pediu, esta quarta-feira, aos parceiros políticos de esquerda no parlamento para que não retrocedam ou marquem passo nesta fase do país e aceitem antes retomar uma relação de renovada estabilidade no horizonte da legislatura.

Esta mensagem de caráter político foi transmitida por António Costa mesmo na parte final do seu discurso que encerrou o debate na generalidade da proposta do Governo de Orçamento Suplementar para 2020.

O primeiro-ministro começou por advertir que, na sequência da crise provocada pela pandemia de covid-19, "ninguém perdoará - em particular os jovens - se o sistema político dispersar energias ou desperdiçar recursos".

"Este é um desafio nacional e uma exigência patriótica, para a qual todos estamos convocados", acentuou, dirigindo-se em seguida esse apelo ao compromisso às forças à esquerda do PS: O Bloco de Esquerda, o PCP e o PEV.

"Obviamente os que, à esquerda, connosco viraram a página da austeridade e têm construído uma trajetória de mais crescimento, melhor emprego, maior igualdade, com contas certas - trajetória que não pode retroceder ou ficar a marcar passo", disse.

Pelo contrário, segundo António Costa, essa relação "deve ser retomada com renovada estabilidade no horizonte da Legislatura".

Neste contexto, o primeiro-ministro estendeu depois o convite às forças à direita dos socialistas, mas fazendo apenas uma breve referência.

Nesta fase de crise do País, na perspetiva do líder do executivo, deve igualmente envolver "desejavelmente também os que foram e são oposição".

"E não devem confundir a afirmação saudável de uma alternativa com falta de sentido de compromisso democrático", declarou, aqui num recado indireto destinado ao PSD.

Na sua intervenção, o primeiro-ministro defendeu que, "da mesma forma que o parlamento soube dar provas de convergência e de conjugação de esforços na resposta de emergência à crise sanitária, é importante que o faça também no atual momento de estabilização, bem como no desafio que se seguirá" no sentido de se construir "um ambicioso programa de recuperação nacional".

"É enorme a responsabilidade que temos. Responsabilidade perante os portugueses de nos focarmos com toda a nossa energia na recuperação económica e social de Portugal. Responsabilidade acrescida por dispormos de recursos extraordinários disponibilizados pela União Europeia, que constituem uma oportunidade única que temos de otimizar", acrescentou.

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