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OE2019: Governo fala em alívio fiscal de mil milhões para as famílias

16 de outubro de 2018 às 11:08

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais afirmou que "em 2019 as famílias portuguesas vão pagar menos 1.000 milhões de euros em IRS".

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais afirmou esta terça-feira que há um alívio fiscal de 1.000 milhões de euros para as famílias na proposta do Orçamento do Estado para 2019 (OE2019).

"Há um facto e o facto é que em 2019 as famílias portuguesas vão pagar menos 1.000 milhões de euros em IRS. Este é o facto que decorre de um conjunto de medidas como da substituição do coeficiente familiar, fim da sobretaxa, alteração dos escalões e do mínimo de existência", disse António Mendonça Mendes na conferência de imprensa de apresentação da proposta orçamental para 2019, em Lisboa.

O secretário de Estado tinha sido questionado sobre o facto de, na proposta orçamental conhecida na segunda-feira à noite, os escalões do IRS não sofrerem qualquer actualização em 2019 com base na inflação, o que poderá penalizar os contribuintes.

Mendonça Mendes destacou ainda que em 2019 se continuam a sentir os efeitos das alterações de escalões já feitos o ano passado.

"O que este Orçamento do Estado traz é a aplicação de escalões de IRS claramente mais favoráveis, que devolvem dinheiro às famílias, e foca as medidas de IRS em quatro áreas fundamentais: discriminando positivamente quem vive no interior, permitindo mais deduções em educação e despesas de arrendamento, aposta no programa regressar, permitindo que aqueles que saíram antes de 31 de Dezembro de 2015 possam voltar, para trabalhadores emigrantes de baixos rendimentos, que trabalham em Portugal muitas vezes sazonalmente, há a eliminação da taxa liberatória para rendimentos ate 600 euros e uma quarta medida ao nível da retenção na fonte das horas trabalho suplementar e das remunerações passadas, que faça sentir de imediato no bolso das pessoas do seu esforço acrescido", detalhou.

Também o ministro das Finanças, Mário Centeno, tinha respondido a questões sobre a não actualização dos escalões do IRS com a reforma dos escalões do IRS feita o ano passado, que considerou "significativa", "fazendo com que baixasse a taxa média da grande maioria dos portugueses em termos de IRS".

"Tinha dois limites no tempo, em 2018 e 2019, e aqueles foram os escalões definidos. Foi essa a política traçada no ano passado e é essa política que está a ser importante. Quanto ao dar e tirar, essa reforma foi feita", disse Centeno.

Os escalões do IRS não vão sofrer qualquer actualização em 2019 com base na inflação prevista, segundo a proposta de Orçamento do Estado entregue na segunda-feira no parlamento. Tal poderá prejudicar os contribuintes que tenham rendimentos próximos dos limites de cada escalão e que, tendo aumentos salariais, passem para o escalão superior, vendo a sua tributação agravada.

De acordo com a proposta de orçamento, famílias com um rendimento até 7.091 euros terão uma taxa de IRS de 14,5%, com esta percentagem a subir gradualmente até às famílias com rendimento colectável superior a 80.640 euros, cuja taxa será de 48%.

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