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Inflação da zona euro estabiliza em julho nos 2% pretendidos pelo BCE

Lusa 20 de agosto de 2025 às 12:26

A inflação subjacente, que exclui o efeito dos preços mais voláteis, como energia e alimentos frescos, também se manteve estável, em 2,3%, o mesmo nível de maio e junho.

A inflação homóloga da zona euro estabilizou em julho em 2,0%, divulgou esta quarta-feira o Eurostat, mantendo-se pelo segundo mês consecutivo em linha com a meta de estabilidade de preços a médio prazo apontada pelo Banco Central Europeu (BCE).
Inflação da zona euro estabiliza nos 2% em julho, cumprindo meta do BCE iStockphoto
A inflação subjacente, que exclui o efeito dos preços mais voláteis, como energia e alimentos frescos, também se manteve estável, em 2,3%, o mesmo nível de maio e junho, de acordo com o índice harmonizado de preços ao consumidor hoje publicado pelo serviço de estatística da União Europeia (UE). O aumento dos preços em julho foi motivado, sobretudo, pelo encarecimento dos serviços, que contribuíram com 1,46 pontos percentuais para a taxa, apesar de terem moderado a sua inflação em uma décima, para 3,2%. Seguiram-se os alimentos, o álcool e o tabaco (contribuição de 0,63 pontos percentuais), cujos preços subiram 3,3%, duas décimas mais do que no mês anterior, e os bens industriais não energéticos (0,18 pontos percentuais), cuja inflação aumentou três décimas, para 0,8%. Em contrapartida, a energia fez baixar a taxa de inflação da zona euro (-0,23 pontos), já que o seu preço diminuiu 2,4% em termos homólogos, menos duas décimas do que em junho. No conjunto da União Europeia, a inflação subiu uma décima em julho em relação a junho, para 2,3%, meio ponto abaixo dos 2,8% registados em julho de 2024. Por países, as taxas de inflação mais baixas em julho foram registadas em Chipre (0,1%), França (0,9%) e Irlanda (1,6%), tendo ficado também abaixo da média europeia a Itália (1,7%), a Alemanha (1,8%) e a Finlândia (1,9%). Pelo contrário, os países onde os preços mais subiram foram a Roménia (6,6%), a Estónia (5,6%) e a Eslováquia (4,6%), seguidos pela Croácia (4,5%), Hungria (4,2%), Letónia (3,9%), Grécia e Áustria (ambos com 3,7%), Bulgária e Lituânia (ambos com 3,4%) e Suécia (3,1%). Também com uma inflação acima de 2% surgem a Polónia e a Eslovénia (ambas com 2,9%), Espanha (2,7%), Bélgica e Luxemburgo (2,6%), República Checa, Malta, Países Baixos e Portugal (todos com 2,5%) e Dinamarca (2,2%). Com a inflação estabilizada em 2%, o BCE decidiu, na sua reunião de julho, travar os cortes das taxas de juro na zona euro, após oito descidas no último ano, que levaram a taxa de referência para 2%. No entanto, os analistas antecipam que, na sua reunião de setembro, o Conselho do BCE poderá retomar o caminho da redução das taxas, uma decisão em que será fundamental a evolução da situação tarifária com os Estados Unidos e que terá também em conta fatores como a taxa de câmbio do euro, que se valorizou nos últimos meses. A média dos analistas consultados pelo BCE prevê que a inflação se situará no terceiro trimestre do ano em 2% e no quarto em 1,9%, até descer entre janeiro e março de 2026 para 1,7%.
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