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Dona do ChatGPT apresenta browser Atlas e desafia Chrome

Negócios 22 de outubro de 2025 às 22:34

O que tem o Atlas que o Chrome não tem? Um ChatGPT. Esta é a resposta mais curta que o assistente pode dar, ainda que opte por fazer a comparação dos sistemas operativos. A OpenAI quer continuar a ganhar espaço no mundo digital.

A OpenAI deu um passo em frente e declarou, de forma oficial, guerra à Google. A empresa liderada por Sam Altman apresentou o Atlas, um "browser" próprio que vem desafiar a hegemonia do Chrome, por incluir o ChatGPT de raiz. Este era um passo já esperado e antecipado pelo mercado. 
ChatGPT Atlas
"Estamos a apresentar o ChatGPT Atlas, o novo 'browser' desenvolvido com o ChatGPT no seu núcleo", afirma a OpenAI, num momento em que este apenas se apresenta disponível para os computadores da Apple, no sistema operativo macOS. A promessa de uma versão para Windows, Android e iOS foi feita, com a empresa a atirar a chegada destas versões para breve.  A tecnológica de Altman aponta que a "inteligência artificial dá-nos um momento raro para repensar o que significa usar a internet" e que a integração da pesquisa no ChatGPT ajudou a espoletar o lançamento do Atlas ao tornar-se "a funcionalidade mais utilizada num curto espaço de tempo".  "Um navegador com o ChatGPT embutido aproxima-nos de um verdadeiro superassistente que percebe o mundo do utilizador e o ajuda a atingir os seus objetivos", continua a empresa. Porquê? O ChatGPT passa a acompanhar cada pesquisa que é realizada e o próprio assistente completa tarefas pelo utilizadores. A memória do ChatGPT está sempre ativa, o que lhe permite ter contexto de conversas e pesquisas antigas para completar as tarefas. E uma das vantagens apontadas pela empresa de Sam Altman é que o ChatGPT torna-se cada vez mais inteligente e útil à medida que se utiliza o Atlas. "As memórias do 'browser' permitem que o ChatGPT se lembre do contexto dos 'sites' que são visitados e o recupere conforme é necessário. Isso significa que se possa fazer perguntas como: 'Encontre todas as ofertas de emprego que eu pesquisei a semana passada e crie um resumo das tendências do setor para que me possa preparar para as entrevistas'", exemplifica.  No entanto, e por parecer estranho e invasivo, a tecnológica adianta que as memórias são opcionais e que o utilizador está sempre no controlo do seu navegador. Assim, o utilizador deste navegador tem a possibilidade de arquivar ou apagar as memórias das pesquisas, semelhante à imagem do histórico do concorrente Google Chrome. Mas a diferença está no "agente". Ainda que esta ferramenta apenas esteja disponível para as subscrições pagas, o ChatGPT tem "autorização" para tomar as rédeas do navegador. Ou seja, tem a liberdade para abrir separadores, clicar em elementos e preencher documentos e formulários, em vez de apenas fornecer informações. O exemplo dado pela tecnológica é o mais simples: dar uma receita ao Atlas e pedir-lhe para elaborar uma lista de compras, encontrar um supermercado e adicionar os ingredientes à lista de compras e fazer a encomenda. O "browser" só não consegue proceder à magnitude de fazer a dita receita, mas para esta finalidade existem os robôs de cozinha de grandes marcas ou mesmo dos supermercados. Contudo, há riscos. Mas a própria OpenAI já precaveu o próprio sistema. A empresa diz que implementou salvaguardas, em que o acesso a "sites" sensíveis é impedido e o ChatGPT não pode descarregar ficheiros ou instalar extensões, nem aceder a outras aplicações no computador. "Os recursos do agente do ChatGPT ainda apresentam riscos. Além de simplesmente cometerem erros ao agir em seu nome, os agentes estão suscetíveis a instruções maliciosas ocultas, que podem estar escondidas em locais como uma página da web ou e-mail com a intenção de anular o comportamento pretendido do agente do ChatGPT. Isso pode levar ao roubo de dados de 'sites' nos quais o utilizador está conectado ou à execução de ações não pretendidas", alerta a OpenAI.
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