Divulgados dados de 1,5 milhões de clientes da TAP
Foram divulgados quase 600 gibabytes de informações. Dados de clientes e cartões de identidade de profissionais estão entre as informações divulgadas na "dark web".
O grupoRagnar Locker, que reivindicou um ataque informático à TAP, publicou esta segunda-feira quase 600gigabytesde dados de 1,5 milhões de clientes da companhia aérea portuguesa.
O grupo refere, no comunicado divulgado nadark web, que "a TAP não está preocupada com a privacidade da informação pessoal que recolheu" e que a empresa "tentou tudo menos proteger os dados dos clientes, numa tentativa de esconder a verdade". O grupo que roubou os dados diz ainda: "Eles são muito mais parecidos com hackers, vigaristas ou abusadores do que com uma empresa legal". Os Ragnar Locker acusam a TAP de "ter tentado fazer tudo, menos proteger os dados dos consumidores, numa tentativa de esconder a verdade, até chegaram a atacar os nossos recursos", acusam os cibercriminosos, sugerindo que a TAP tentou fazer uma contraofensiva cibernética.
Os Ragnar Lokcer escrevem ainda que a TAP não resolveu "as vulnerabilidades da própria rede e que incidentes como estes podem voltar a acontecer", oferecendo-se ainda para ajudar quem precisar de um "acesso remoto à TAP".
A TAP Air Portugal garantiu que conseguiu conter o ataque informático de que foi alvo em agosto numa fase inicial e diz não ter indicação de que os piratas tenham acedido a informações sensiveis, como dados de pagamento, segundo a agência Lusa. A companhia aérea sublinha ainda que tem estado a colaborar com o Centro Nacional de Cibersegurança, a Polícia Judiciária e a Microsoft para resolver as falhas de segurança. "Em agosto de 2022, os sistemas internos de cibersegurança da TAP Air Portugal (TAP) detetaram o acesso não autorizado a alguns sistemas informáticos. A TAP está preparada para este cenário e mobilizou de imediato uma equipa de especialistas internos e externos de TI e de peritos forenses para investigar em detalhe o sucedido e prevenir danos adicionais", explicou a transportadora.
A TAP diz ainda que a informação afetada relativamente a cada cliente "pode variar", mas sublinha que, "até ao momento, não há indicação de que informações sensíveis, em particular dados de pagamento, tenham sido exfiltradas". "Esta intrusão visava causar danos à TAP e aos seus clientes. A segurança dos nossos clientes e parceiros comerciais e dos seus dados é a nossa maior prioridade. Continuaremos, por isso, a tomar todas as medidas necessárias para cuidar dos seus dados", adianta.
O grupo tinha publicado na semana passada os dados de 115 mil clientes e informação sensível de profissionais da TAP.
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