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China expressa insatisfação com decisão dos EUA de punir tecnológicas chinesas

08 de outubro de 2019 às 13:27

Departamento de Comércio norte-americano colocou várias firmas chinesas que desenvolvem sistemas de reconhecimento facial e outras tecnologias de inteligência artificial na designada Lista de Entidades, por agir contra os princípios da política externa norte-americana.

O governo chinês expressou, esta terça-feira, "grande insatisfação" com a decisão dos Estados Unidos de restringir os negócios com várias firmas tecnológicas chinesas alegadamente associadas à repressão contra grupos minoritários muçulmanos no extremo oeste da China.

"A China expressa a sua grande insatisfação e oposição resoluta", disse o porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros Geng Shuang, acrescentando que "não há questões de direitos humanos" na região de Xinjiang, no extremo oeste do país.

A decisão do Departamento de Comércio norte-americano coloca várias firmas chinesas que desenvolvem sistemas de reconhecimento facial e outras tecnologias de inteligência artificial na designada Lista de Entidades, por agir contra os princípios da política externa norte-americana.

A lista impede efetivamente as empresas norte-americanas de venderem tecnologia a empresas chinesas sem aprovação prévia da Casa Branca.

O Departamento de Comércio incluiu ainda agências do governo local da região de Xinjiang, no extremo noroeste da China, onde acusa os grupos listados de estarem envolvidos na "campanha de repressão, detenção arbitrária em massa e uso de alta tecnologia para vigilância" contra membros das minorias étnicas de origem muçulmana uigur ou cazaque.

Organizações não-governamentais estimam que a China mantém detidos cerca de um milhão de uigures e cazaques, em campos de doutrinação política, em Xinjiang.

Antigos detidos relataram maus tratos e violência, e afirmam terem sido forçados a criticar o islão e a sua própria cultura, e a jurar lealdade ao Partido Comunista.

Depois de, inicialmente, negar a existência dos campos, Pequim diz agora que se trata de centros de "formação vocacional", destinados a treinar uigures, como parte de um plano para trazer a minoria étnica para o mundo "moderno e civilizado", e eliminar a pobreza em Xinjiang.

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