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Bruxelas dá ‘luz verde’ à venda de seis barragens da EDP a consórcio francês

09 de março de 2020 às 12:21

Centrais hídricas situam-se na bacia hidrográfica do rio Douro. Miranda, Bemposta, Picote. Foz Tua, Baixo Sabor e Feiticeiro serão vendidas.

A Comissão Europeia aprovou hoje a venda de seis barragens da EDP, no Douro, a um consórcio de empresas francesas composto pela Engie, Mirova e Crédit Agricole, concluindo que a operação não afeta a concorrência na UE.

"A Comissão Europeia aprovou, no âmbito do regulamento europeu de concentrações, a aquisição de seis centrais hidroelétricas em Portugal pela Engie, Mirova e Predica [filial do grupo Crédit Agricole], as três sediadas em França", informa Bruxelas em comunicado.

Para o executivo comunitário, "a concentração proposta não suscitou preocupações de concorrência devido ao seu impacto limitado no mercado" da União Europeia (UE), de acordo com a nota.

Em causa está o processo da venda de seis barragens da EDP - Energias de Portugal em Portugal a um consórcio liderado pela Engie.

Em dezembro passado, a elétrica anunciou a venda da concessão de seis barragens em Portugal a um consórcio de investidores, formado pela Engie, Crédit Agricole Assurances e Mirova, por 2,2 mil milhões de euros.

Num comunicado feito na altura ao mercado, a EDP precisou que este consórcio era "formado pela Engie (participação de 40%), Crédit Agricole Assurances (35%) e Mirova - Grupo Natixis (25%)".

As centrais hídricas, localizadas na bacia hidrográfica do rio Douro, totalizam 1.689 megawatts (MW) de capacidade instalada.

Em causa estão três centrais de fio de água, em Miranda, Bemposta e Picote, com 1,2 gigawatts (GW) de capacidade instalada e três centrais de albufeira com bombagem, em Foz Tua, Baixo Sabor e Feiticeiro, com 0,5 GW de capacidade.

Conforme indicou a empresa liderada por António Mexia ao mercado, o valor de transação acordado representa um ‘enterprise value’ de 2.210 milhões de euros.

Na altura, estimava-se que a transação se concluísse no segundo semestre deste ano, faltando as aprovações regulatórias necessárias, como era o caso do aval de Bruxelas.

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