BCE mostra-se menos optimista quanto ao crescimento em 2018
Nas novas previsões o Banco Central Europeu aponta para uma inflação de 1,7% este ano e no próximo, quando anteriormente previra 1,4%.
O Banco Central Europeu (BCE) reviu esta quinta-feira em baixa de 2,4% para 2,1% a previsão de crescimento na zona euro para 2018.
Nas novas previsões anunciadas esta quinta-feira, o BCE aponta agora para uma inflação de 1,7% este ano e no próximo, quando anteriormente previra 1,4%.
Na conferência de imprensa que se seguiu à reunião do BCE, o presidente da instituição, Mario Draghi, indicou que as previsões de crescimento na zona euro para 2019 e 2020 se mantêm inalteradas em 1,9% e 1,7%, respectivamente, enquanto a previsão de inflação é de 1,7% nos dois anos.
Draghi constatou que o crescimento económico da zona euro foi mais moderado no primeiro trimestre, com um aumento da incerteza devido à ameaça de um conflito comercial.
Os riscos de crescimento na zona euro continuam equilibrados embora "as incertezas relacionadas com factores globais se tenham tornado mais proeminentes", como a ameaça de proteccionismo.
Em relação à evolução de preços, Draghi assinalou que houve "progressos para um ajustamento sustentado na inflação" em linha com o objectivo do BCE.
A inflação subjacente (excluindo os preços dos alimentos e energia devido à sua volatilidade) continua moderada, mas "recuperou dos recentes níveis muito baixos", afirmou, considerando que a incerteza em relação à inflação diminuiu.
Segundo Draghi, espera-se que a inflação subjacente recupere até ao final do ano e depois suba gradualmente a médio prazo, apoiada pela política monetária, pela continuação da expansão económica e pelo crescimento salarial.
O conselho de governadores do BCE decidiu hoje que as compras de dívida pública e privada vão diminuir para metade a partir de finais de Setembro, passando para 15 mil milhões de euros e devem terminar no final de Dezembro.
O BCE deixou as taxas de juro inalteradas, com a principal taxa de refinanciamento em 0% e anunciou que espera manter as taxas de juro nos níveis actuais pelo menos até ao verão de 2019 ou o tempo necessário para assegurar uma evolução da inflação em conformidade com o objectivo de ficar próxima de 2%.
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