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Apoio domiciliário a idosos durante cinco dias custa entre 450 e 880 euros

27 de novembro de 2019 às 10:46

Segundo os dados apresentados pela DECO, Setúbal é o distrito com a média de preços mais elevada, com 1.058 euros mensais para sete dias e 761 euros para cinco dias.

O apoio domiciliário a idosos e doentes durante quatro horas por dia pode custar entre 450 e 1.296 euros, indica um estudo publicado esta quarta-feira pela associação de defesa do consumidor DECO.

A DECO, que recebeu 376 respostas válidas a 2.699 inquéritos enviados a prestadores de cuidados domiciliários - incluindo empresas privadas, Instituições Privadas de Solidariedade Social (IPSS), centros sociais paroquiais e misericórdias - dos distritos de Lisboa, Porto, Setúbal, Faro, Vila Real e Coimbra analisou o custo do apoio a idosos e doentes nas modalidades de prestação cinco dias por semana e sete dias por semana.

O custo dos cuidados prestados cinco dias por semana varia entre os 450 e os 880 euros e entre 550 e 1.296 euros se o apoio domiciliário for prestado sete dias por semana. Segundo os dados apresentados pela DECO, Setúbal é o distrito com a média de preços mais elevada, com 1.058 euros mensais para sete dias e 761 euros para cinco dias.

O Porto é o distrito com os preços mais acessíveis, variando entre uma média de 769 euros mensais para sete dias e 562 euros para cinco dias. No distrito de Lisboa, os preços mensais variam entre os 700 e os 1.200 euros para sete dias e os 555 e os 792 euros para cinco dias.

Os valores indicados incluem serviços como cuidados de higiene e conforto, confeção e/ou distribuição de refeições, tratamento de roupa e arrumação e limpeza da habitação, tendo a maior parte das empresas e instituições respondido que nas quatro horas de serviço os funcionários podem executar outras tarefas necessárias.

Os dados recolhidos pela DECO indicam que o apoio domiciliário é prestado maioritariamente a pessoas a partir dos 65 anos, doentes de Alzheimer e outras demências, doentes com Parkinson, casos em que são necessários cuidados paliativos, e pessoas infetadas com VIH/sida.

O retrato feito pela DECO à atividade dos cuidados domiciliários revela ainda que a maioria das instituições inquiridas têm vagas por preencher, com apenas 78 a referirem ter listas de espera.

A maioria disse prestar apoio domiciliário todos os dias da semana, mas só 35 disseram assegurá-lo durante 24 horas, enquanto em 44 não há serviço ao fim de semana e 47 estão fechadas ao domingo.

A DECO sublinha que os serviços de apoio domiciliário devem, de acordo com a lei, organizar-se para proporcionar um apoio contínuo nas 24 horas e uma atuação de emergência, sempre que necessário. É também uma área que exige cada vez mais especialização, devido, por exemplo, ao aumento das demências.

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