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Entrada fortíssima deu sétima Supertaça ao Benfica

05 de agosto de 2017 às 23:46
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O tetracampeão nacional começou a época a ganhar um troféu. Rui Vitória é o primeiro treinador a conquistar duas vezes consecutivas a Supertaça e Luisão o jogador com mais títulos da história "encarnada"

O Benfica conquistou a sua sétima Supertaça Cândido Oliveira de futebol, ao vencer o Vitória de Guimarães por 3-1, num jogo em que entrou de forma avassaladora perante um adversário que despertou muito tarde.

Benfica
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Em menos de 15 minutos jogados, os encarnados já venciam os vimaranenses por 2-0 graças a golos de Jonas (06 minutos), Seferevic (11). O Vitória de Guimarães ainda reduziu e reentrou na discussão da partida pouco antes do intervalo com um golo de Raphinha aos 43 minutos, mas Jiménez selou o resultado aos 83, carimbando para o Benfica a conquista de duas Supertaças consecutivas, algo inédito na história do clube da Luz.

Sem poder contar com Júlio César, Carrillo, André Horta, Mitroglou (lesionados) e Samaris (castigado), e já sem Ederson, Nelson Semedo e Lindelöf, referências da época passada que foram transferidos, Rui Vitória apostou num "onze" com estreias que apesar das debilidades se soube impor imediatamente no jogo.

Já o Vitória de Guimarães, ainda sem soluções para as saídas de Bruno Gaspar na defesa, e de Marega e Hernâni no ataque, e com Henrique, Konan e Francisco Ramos, condicionados, protagonizou um arranque de partida muito mau e a demonstrar muita falta de entrosamento.

O Benfica, apostado em conquistar o primeiro troféu da nova temporada e apresentando-se com uma máquina que sofreu muitos golos (15) na fase de pré-época, quis naturalmente mostrar rápido que está preparado para repetir as conquistas das últimas temporadas.

E mostrou. Logo aos seis minutos Jonas apareceu no sítio certo e, após cruzamento da direita e de um mau alívio do guardião minhoto, fez o primeiro da partida.

Os "encarnados" entravam com tudo, a jogar bem sobretudo pela direita, e a aproveitar muito bem o péssimo arranque do Vitória de Guimarães que deu espaços, ofereceu golos e demorou a ganhar capacidade de resposta.

Marcos Valente e Josué, os centrais escolhidos por Pedro Martins, pareciam apáticos, somando-se a má ligação no "miolo" vitoriano, e o Benfica, que não estava para desperdiçar oportunidades, aos 11 minutos dilatou a vantagem com um golo de Seferovic.

O avançado suíço contratado ao Eintracht Frankfurt, único reforço do "onze" lisboeta à excepção de Varela, completou um passe de Pizzi, que aproveitou como bem quis uma perda de bola de Zungu.

A ganhar por 2-0 quando ainda nem um quatro de hora estava decorrido, a equipa de Rui Vitória - que tinha apostado num esquema táctico de 4-1-3-2 - recuou no terreno, obrigando os vimaranenses a mostrarem trabalho.

Raphinha, com um livre que passou por cima da baliza de Bruno Varela - guardião que fez hoje a sua estreia absoluta pela equipa principal do Benfica - aos 20 minutos ainda tentou, mas só quem de facto mostrou credenciais na formação de Guimarães foi Miguel Silva.

O jovem guarda-redes dos minhotos negou o terceiro golo ao Benfica por duas vezes em apenas dois minutos seguidos. Primeiro a Salvio que aproveitou um ressalto (28 minutos) e depois a André Almeida que rematou sozinho já em zona muito perigosa (29).

O Vitória de Guimarães acabou por, finalmente, e já o cronómetro a marcar menos de dez minutos para o intervalo, conseguir desenhar uma jogada de perigo que nasceu num contra-ataque que colocou a nu as fragilidades de velocidade de Luisão que se deixou ultrapassar rapidamente em vários metros por Rafael Martins. Mas Bruno Varela tirou, por centímetros e numa fração de segundos, a bola a Hélder Ferreira.

O Benfica ainda esteve perto de levar para o balneário uma vantagem de 3-0, mas Salvio foi egoísta e, quando tinha Seferovic e Jonas sozinhos no meio a pedir a bola, optou por um "chapéu" que Miguel Silva conseguiu suster (40 minutos).

E acabaria por ser o Vitória de Guimarães a conseguiu o golo e logo a hipótese de voltar à discussão da partida. Raphinha marcou o 2-1 a três minutos do intervalo, completando uma jogada que começou na direita.

Na segunda parte, os vitorianos - que jogavam em 4-2-3-1 - entraram mais confiantes e ao contrário do arranque do primeiro tempo assistiu-se a um jogo aberto e com lances repartidos.

Hurtado, destacado diante de Varela e com tudo para fazer golo, rematou mal e atrapalhou-se consigo próprio, não conseguindo por pouco o empate aos 59 minutos.

O Benfica respondeu por intermédio de Jonas que rematou ao lado (61). E Hélder Ferreira, inconformado com a desvantagem, também tentava mas se a primeira tentativa encontrou Bruno Varela pela frente (63), a segunda "esbarrou" em Luisão (64).

O Vitória de Guimarães queria pelo menos o prolongamento. Para o emblema minhoto, uma conquista esta noite, significaria conseguir um troféu que só conseguiu há quase três décadas atrás, quando em 1988 venceu o FC Porto quando a final ainda se jogava em duas eliminatórias.

Mas o despertar tardio paga-se caro. O tetracampeão nacional, já com Felipe Augusto em campo que foi substituir Salvio aos 65 minutos dando segurança ao meio-campo lisboeta, não deixou escapar o título e ainda marcou um terceiro golo para "matar" de vez o jogo.

Raul Jiménez fez o 3-1 aos 83 minutos depois de Pizzi, que esteve nos três golos "encarnados" acabando por ser a grande figura do jogo, ter recuperado a bola após erro de Raphinha.

Até ao final do encontro, que teve vídeo-árbitro mas quase não se deu por ele, bastou ao Benfica gerir o jogo, enquanto o Vitória de Guimarães, que de apoio de adeptos não se pode queixar, se ia aproximando da baliza mas sem real convicção.

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