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Noah Lyles sagrou-se campeão dos 100 metros por cinco milésimos

Lusa 05 de agosto de 2024 às 10:24

Kishane Thompson ficou com a prata e Fred Kerley com o bronze,

O título olímpico dos 100 metros dos Jogos Paris2024 decidiu-se no domingo por apenas cinco milésimos, com o norte-americano Noah Lyles a derrotar o jamaicano Kishane Thompson, por uma diferença não percebida no Stade de France a olho nu.

REUTERS/Dylan Martinez

De início, as câmaras de televisão procuraram Thompson, que entrou na frente para os últimos metros, mas pouco depois saíram os primeiros resultados, que confirmavam o ouro para Lyles, que se lançou sobre a meta com mais 'garra', vindo de trás.

A final, corrida em ritmo 'louco', com todos os atletas abaixo dos 10 segundos, creditou Lyles e Thompson em 9,79 segundos, no que foi a primeira grande final do 'colosso' jamaicano, líder mundial do ano e já apontado como campeão do futuro.

Lyles recoloca os Estados Unidos no lugar mais elevado do pódio, após 20 anos, correndo ao seu melhor nível e com evidente motivação: o também campeão mundial entrou na final aos saltos, esfusiante, pleno de 'garra'.

O longo 'jejum' de duas décadas do 'Team USA' chegou, finalmente, num dia também simbólico por levar o país para o topo do quadro de medalhas global, e o seu 'herói' é Lyles, um atleta para os grandes 'palcos'.

Lyles até começou pior, mas embalou bem a partir dos 60 metros e conseguiu mesmo o ouro por na meta atirar melhor o corpo para a frente.

Após o domínio avassalador do jamaicano Usain Bolt e da surpresa que foi o italiano Marcel Jacobs, há três anos, os norte-americanos voltam, finalmente, a dominar a 'prova rainha' da pista no atletismo olímpico.

Fred Kerley, dos Estados Unidos, foi muito próximo terceiro, em 9,81, menos um centésimo que o sul-africano Akani Simbine, que bateu recorde nacional.

Jacobs, recordista europeu, foi quinto, em 9,85, o seu melhor do ano, cortando a meta à frente de Letsile Tebogo, do Botsuana (9,86), Kenneth Bednarek, dos Estados Unidos (9,88), e Olique Seville, da Jamaica (9,91), numa corrida de grande nível em que todos desceram dos 10 segundos.

Na única final feminina do dia, a ucraniana Yaroslava Mahuchikh prosseguiu a sua fantástica época no salto em altura, juntando ao recente recorde mundial o título olímpico da especialidade.

Aos 22 anos, a também campeã mundial reforça o seu lugar na história do salto em altura, ultrapassando na capital francesa a fasquia colocada a 2,00 metros, ao primeiro ensaio.

Paris é mesmo 'talismã' para a jovem saltadora ucraniana, já que foi o 'palco' do seu recorde mundial, de 2,10 metros, em 07 de julho passado.

Desta vez, não precisou de se esforçar tanto para assegurar o ouro, já que a australiana Nicola Olyslagers, que ficou com a prata, também superou a mesma altura, mas com mais derrubes, falhando depois a 2,02.

O bronze foi partilhado por outra ucraniana e outra australiana, Iryna Gerashchenko e Eleanor Patterson, ambas com 1,95 e o mesmo número de derrubes.

Sem surpresas, no lançamento do martelo triunfou outro jovem prodígio, o canadiano Ethan Katzberg, também de 22 anos e também campeão mundial em título.

Um lançamento a 84,12 metros deu-lhe a vitória por larguíssima margem, já que só ele passou dos 80 metros, ficando a escassos 20 centímetros do seu recorde pessoal.

Conseguiu-o logo no primeiro ensaio, dando-se ao 'luxo' de depois fazer quatro nulos.

A prata foi para o húngaro Bence Halasz, com 79,97, e o bronze para o ucraniano Mykhaylo Kokhan, com 79,39 e a melhorar um lugar face a Tóquio2020.

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