Mulheres casadas têm, geralmente, uma idade natural para a menopausa superior a mulheres não casadas (solteiras, viúvas ou divorciadas). No entanto, a razão para esta ligação era então desconhecida.
Por isso, duas investigadoras da University College London (UCL) debruçaram-se sobre o assunto e concluíram que mulheres com uma atividade sexual semanal têm menos 28% de propensão para experienciarem a menopausa que aquelas que têm relações menos de uma vez por mês.
Da mesma maneira, Megan Arnot e Ruth Mace concluíram que quem tenha sexo mensalmente tem 19% menos hipóteses de experienciar primeiro a menopausa – caracterizada por 12 meses sem menstruação – que aquelas que tiveram relações sexuais menos de uma vez por mês.
Embora o estudo não tenha aprofundado as razões desta ligação, as autoras creem que os traços gerais do sexo possam sinalizar o resto do corpo de que há uma possibilidade de acontecer uma gravidez. E, por isso, faz mais sentido biológico uma menopausa precoce em mulheres sem vida sexual ativa.
"Se não vais reproduzir, não faz sentir a ovulação – estás melhor a usar essa energia noutro lado", afirma Megan Arnot, uma candidata a doutoramento em antropologia evolucionária na University College London. Também por isso, refere a investigadora, a mulher é mais suscetível a doenças porque o sistema imunitário está mais frágil.
O mesmo estudo, no qual participaram quase três mil mulheres (2936), aponta ainda diferenças culturais no aparecimento da menopausa: mulheres de raça asiática têm 25% menos hipóteses de experienciar a menopausa que mulheres de raça negra, enquanto estas têm 31% de hipóteses de desenvolver a menopausa antes de mulheres de raça hispânica. Mulheres de raça caucasiana têm valores aproximados à referência deste estudo: menos 5 %.
São indicados ainda outros fatores como o tabaco, que provoca a impotência e, por isso, potencia a menopausa, o impacto de uma boa saúde, que pode retardar a menopausa em 10% em relação a mulheres com estado de saúde debilitado, e até a educação: mulheres com curso universitário têm até menos 27% de propensão para experienciarem a menopausa precoce que aquelas que mulheres com menos do que o ensino secundário.
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