Sábado – Pense por si

Como a Internet está a mudar o seu cérebro

Ana Catarina André 11 de fevereiro de 2018 às 17:00

Estarmos sempre ligados torna-nos mais desatentos. Também prejudica a memória, altera o sono e causa dependência. Boas notícias: também pode ajudar-nos a treinar a visão e a combater o envelhecimento.

Pense nas tecnologias que tinha há 10 anos. Provavelmente dispunha de um telemóvel sem ecrã táctil, com poucos jogos (lembra-se do Snake, a serpente que circulava?) e sem acesso generalizado à Internet. Usava o hi5 como rede social (o Facebook surgiu em 2004, mas só ultrapassou os 100 milhões de utilizadores em 2008) e não imaginava levar um iPad na mochila (apareceu em 2010). Também não recebia notificações constantes sobre novos emails, mensagens no WhatsApp ou gostos no Instagram. "A actual explosão da tecnologia digital não muda apenas a forma como vivemos e comunicamos, mas altera rápida e profundamente os nossos cérebros, que estão a evoluir a uma velocidade nunca vista", explica o cientista Gary Small, autor de vários livros sobre o tema.

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Dez observações sobre a greve geral

Fazer uma greve geral tem no sector privado uma grande dificuldade, o medo. Medo de passar a ser olhado como “comunista”, o medo de retaliações, o medo de perder o emprego à primeira oportunidade. Quem disser que este não é o factor principal contra o alargamento da greve ao sector privado, não conhece o sector privado.

Adeus, América

Há alturas na vida de uma pessoa em que não vale a pena esperar mais por algo que se desejou muito, mas nunca veio. Na vida dos povos é um pouco assim também. Chegou o momento de nós, europeus, percebermos que é preciso dizer "adeus" à América. A esta América de Trump, claro. Sim, continua a haver uma América boa, cosmopolita, que gosta da democracia liberal, que compreende a vantagem da ligação à UE. Sucede que não sabemos se essa América certa (e, essa sim, grande e forte) vai voltar. Esperem o pior. Porque é provável que o pior esteja a chegar.