Sábado – Pense por si

A sala onde o som morre

Ana Taborda
Ana Taborda 09 de dezembro de 2017 às 08:00

Ninguém aguenta 45 minutos no espaço com menos ruído do mundo, onde até se ouve o próprio sangue a circular.

Depois de alguns segundos começa a ouvir o movimento da roupa no corpo e o bater do seu coração – e até o simples acto de engolir parece fazer um barulho ensurdecedor. Uns minutos mais tarde, se tentar suster a respiração e fechar os olhos, é provável que tenha uma sensação auditiva semelhante ao ranger da cortiça, provocada pelo movimento das pálpebras; acontece o mesmo se abrir os braços. Vai começar a perceber, além disso, que é inevitável ouvir os fluidos da garganta, ou o sangue a circular nas veias. Algumas pessoas (não muitas, garante a Microsoft) perdem o equilíbrio e ficam indispostas ao fim de cinco minutos, em meia hora quase todas precisam de se sentar e depois de 45 minutos é muito raro não pedirem para sair. Aconteceu uma vez: "O tempo máximo que alguém ficou nesta sala foi uma hora, para angariar fundos para fins solidários", explicou Hundraj Gopal à BBC.

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