Secções
Entrar

Vacinas contra a Covid-19 só na segunda metade de 2021, diz responsável da OMS

22 de julho de 2020 às 18:26

Michael Ryan afirma que é preciso "realismo nas expectativas" em relação a uma vacina e que terão que ser tomadas "todas as precauções" para garantir que é absolutamente segura.

O responsável pelo programa de Emergências Sanitárias da Organização Mundial de Saúde afirmou hoje que não haverá vacinas para a covid-19 antes da segunda metade de 2021, apesar de "sinais de esperança" nos testes clínicos a decorrer.

Numa sessão de perguntas e respostas através da Internet, Michael Ryan afirmou que é preciso "realismo nas expectativas" em relação a uma vacina e que terão que ser tomadas "todas as precauções" para garantir que é absolutamente segura.

"De forma realista, não teremos pessoas a serem vacinadas até à segunda metade do próximo ano", afirmou, notando que se assiste a um número crescente de vacinas a passarem à chamada fase três dos testes e a serem experimentadas em voluntários humanos.

Na iniciativa da Organização Mundial de Saúde para garantir o desenvolvimento e acesso equitativo a uma vacina, a que aderiram a maior parte dos países do mundo, cerca de meia dezena de potenciais vacinas "não fracassaram até agora" e cumpriram nos requisitos de segurança e criação de resposta imunitária.

Michael Ryan pediu também realismo nas expectativas sobre a eficácia de uma vacina, que nunca será total: "Adoraria poder dizer que vamos ter uma vacina e em dois ou três meses este vírus desaparecerá, mas isso não é realista".

"É importante fazermos o que pudermos agora. É mais fácil vencer um adversário se já o tivermos cansado", ilustrou.

"Estamos a ver sinais de esperança. Mas em vacinas, por mais depressa que nos esforcemos para as ter, teremos que garantir que são seguras e eficazes e isso levará tempo. Estamos a acelerar, mas não vamos facilitar no que toca à segurança", garantiu.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 616 mil mortos e infetou quase 15 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.702 pessoas das 49.150 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela