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EUA regressaram à Lua 50 anos depois

Luana Augusto 23 de fevereiro de 2024 às 10:27

Odysseus seguia a bordo do foguetão de Elon Musk. Alunou às 22h23 de Lisboa.

"Bem-vindo à Lua". Depois damissão falhada do Peregrine,os Estados Unidos conseguiram aterrar o módulo lunar Odysseus, criado por uma empresa privada, 50 anos depois da última aterragem do satélite. O relógio marcava as 17h23 de 22 de fevereiro na Costa Leste norte-americana (em Lisboa eram 22h23), quando a nave espacial Odysseus alunou.

Intuitive Machines/Handout via REUTERS

"Hoje, pela primeira vez em mais de meio século, os EUA regressaram à Lua. Hoje, pela primeira vez na história da Humanidade, uma empresa comercial, uma empresa norte-americana, lançou e liderou a viagem até lá", disse o administrador da NASA, Bill Nelson. O Odysseus foi lançado pela empresa Intuitive Machines. 

O Odysseus aterrou próximo da cratera Malpert A, a cerca de 300 quilómetros do Pólo Sul lunar, onde permanecerá por aproximadamente sete dias. Trata-se de uma área perigosa, marcada por crateras, mas que assim foi escolhida já que se acredita ser uma área rica em água congelada.

Ainda que a alunagem não tenha sido captada em modo vídeo, graças a uma câmara construída por estudantes da universidade aeronáutica de Embry-Riddle, na Flórida, é possível ver imagens tiradas imediatamente antes da aterragem. A Intuitive Machines tenta agora divulgar também as primeiras imagens da superfície lunar.

"Após solucionar problemas de comunicação, os controladores de voo confirmaram que o Odysseus está de pé e a começar a enviar dados. De momento, estamos a trabalhar para fazer odownlinkdas primeiras imagens da superfície lunar", avançou a empresa sediada no Texas, através do X.

O fundador da Intuitive Machines, Steve Altemus, tinha dado inicialmente 80% de chances de sucesso para esta missão. Agora que parte dela foi bem sucedida o módulo, que transporta equipamento científico, irá iniciar uma exploração lunar e recolher dados sobre o ambiente, para que em 2026 a NASA possa enviar humanos.

A NASA contribuiu para o projeto com 118 milhões de dólares (109 milhões de euros), enquanto a Intuitive Machines financiou outros 130 milhões de dólares (120 milhões de euros). O foguetão Falcon 9 foi obra da empresa de Elon Musk, a Space X.

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