Secções
Entrar

Vacina originou anticorpos em 90% dos primeiros vacinados em Portugal

Diogo Camilo 05 de fevereiro de 2021 às 16:37

Primeiros resultados de estudo sobre vacinação mostram que 9 em cada 10 profissionais de saúde que receberam a primeira dose em dezembro de 2020 já mostravam defesas contra o vírus da covid-19.

Os primeiros resultados da vacinação contra a covid-19 a profissionais de saúde mostram que 90% desenvolveu anticorpos logo nas três semanas seguintes à administração da primeira dose, em dezembro do ano passado.

Vacina Covid-19 Portugal Reuters

A amostra faz parte de um estudo desenvolvido pelo Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC) e pelo Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, E.P.E. (CHLO) a 1.200 profissionais de saúde, vacinados com as primeiras vacinas disponibilizadas e administradas em Portugal, cujos resultados finais serão conhecidos ainda este mês.

No entanto, o estudo vai demorar cerca de um ano a avaliar a proteção adquirida com a vacina ao longo do tempo, para aferir se esta evita a infeção pelo vírus da covid-19, o SARS-CoV-2 ou se protege apenas da doença, estudando também a evolução dos anticorpos e investigando se uma pessoa já imunizada pode continuar a transmitir o vírus.

Níveis anticorpos - Vacina Covid-19

 

Todos os participantes do estudo foram testados para a presença de anticorpos produzidos para combater o vírus antes da toma da vacina e três semanas após a administração da primeira dose.

Na segunda fase do estudo, os mesmos profissionais serão testados três semanas após a toma da segunda dose. A duração da resposta imunitária será acompanhada em fases seguintes agendadas ao longo do ano. Ao longo do processo os participantes respondem a um questionário para registo de sintomas para aferição da sua proteção contra a covid-19.

"É necessária a monitorização da aplicação da vacina, em diferentes contextos e diferentes populações, para garantir aquilo a que os cientistas chamam de ‘evidência no mundo real’. Só assim podemos aferir dados sobre a sua efetividade na proteção da infeção e da doença" refere Carlos Penha-Gonçalves, investigador da Gulbenkian envolvido na implementação do estudo, em comunicado do instituto.

No futuro, o IGC pretende ainda alargar o estudo a outras faixas etárias da população e vacinas desenvolvidas por diferentes farmacêuticas, como as da Moderna e da AstraZeneca, com os dados a serem partilhados com o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA).

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela