Covid-19. Empresa dos EUA vende lixívia como "cura" das novas variantes
A Oclo Nanotechnology Science está a incentivar a venda de dióxido de cloro, um potente agente oxidante usado no tratamento de águas e no fabrico de lixívia, como um "tratamento anti-viral" contra a variante britânica do novo coronavírus.
Uma empresa está a incentivar norte-americanos à compra de lixívia como uma "cura milagrosa" das mais recentes variantes da Covid-19, assim como de cancro, VIH/SIDA e outras doenças. A Oclo Nanotechnology Science descreve o dióxido de cloro, um potente agente oxidante usado no tratamento de águas e no fabrico de lixívia, como um "tratamento anti-viral" contra a variante britânica do novo coronavírus, mais transmissível e que se está a tornar cada vez mais perigosa nos EUA.
O regulador de medicamentos norte-americano, a Food and Drug Administration (FDA), já emitiu avisos de que este tipo de produtos é potencialmente perigoso e pode colocar em risco a vida de quem os ingere.
Na página principal da Oclo, é possível ver em letras garrafais a promoção aos "poderes milagrosos"dos frascos de dióxido de cloro: "B117... a nova variante do coronavírus, a mais contagiosa e perigosa nos Estados Unidos", numa referência à variante britânica, produzida num laboratório improvisado em Miami, na Flórida.
Em Portugal, um outro produto à base de dióxido de cloro, o "Miracle Mineral Solution", também começou a ser vendido para combater a covid-19, além de outras doenças como o VIH ou o autismo. O mesmo produto resultou em 26 casos de intoxicação, só entre abril e junho do ano passado.
O Infarmed não certifica o produto e desaconselha-o o seu uso, indicando que se trata de "uma lixívia" e que não deve ser usado como tratamento para nenhuma doença. O INEM considera-o uma "ilegalidade", mas a sua venda não é proibida em Portugal, por não se tratar de um medicamento - abrindo um vazio legal para a medicina alternativa.
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