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Esqueletos, canábis e ouro

Susana Lúcio
Susana Lúcio 04 de novembro de 2025 às 23:00

Quem morria no primeiro grande hospital de Milão era depositado em câmaras subterrâneas. As ossadas revelam consumo de droga e uma atenção especial dada às crianças.

Por baixo da Universidade de Milão, repousam mais de dez mil restos mortais de homens, mulheres e crianças. São doentes que morreram no Ospedale Maggiore, o primeiro grande hospital de Milão, fundado em 1456 com o objetivo de tratar os mais pobres, sem olhar à religião ou nacionalidade. “O Ducado de Milão fazia parte do Império Espanhol e a cidade era visitada por pessoas de todo o mundo”, explica à SÁBADO, o arqueólogo Mirko Mattia, da Universidade de Milão. “Sabemos que nas camas dos pacientes que não eram católicos era colocado um sinal que indicava ao padre da paróquia para não dar a sua benção. Um grande exemplo do passado!”, acrescenta o arqueólogo, chefe da equipa que tem estudado os pacientes que nunca deixaram o hospital.

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