Sábado – Pense por si

Especial SÁBADO 12 anos - Entrevista de vida a Pedro Ayres Magalhães

Dulce Garcia
Dulce Garcia 30 de outubro de 2016 às 08:00

Disponibilizamos no nosso site estas conversas todos os domingos – é a nossa forma de celebrarmos consigo o nosso 12.º aniversário. Pedro Ayres Magalhães foi Herói do Mar e fundou a banda que tirou o fado das tascas: os Madredeus. Aos 51 anos, continua a viver só da música

Cresceu na Avenida de Roma mas não teve vida de burguês. Filho de um militar e de uma militante do PCP, saiu do Colégio Militar aos 15 anos, para ser músico. Trabalhou nas obras e na estiva, fundou bandas punk e os míticos Heróis do Mar, acusados de serem fascistas e mariconsos. Depois, cansado de tocar em feiras, criou os Madredeus, que estão a comemorar 25 anos com um novo disco, Essência, uma nova formação, e três concertos em Portugal, nas Caldas da Rainha, no Porto e em Lisboa (a 14 de Abril, 27 e 31 de Maio). Consta que não gosta de falar de si próprio mas falou. E fez confissões. Ao fim de 3h30 de entrevista - marcada para o Miradouro da Senhora do Monte, em Lisboa -, e enquanto posava para a fotografia, junto à igreja, confessou: "Os meus pais casaram-se aqui."

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Adeus, América

Há alturas na vida de uma pessoa em que não vale a pena esperar mais por algo que se desejou muito, mas nunca veio. Na vida dos povos é um pouco assim também. Chegou o momento de nós, europeus, percebermos que é preciso dizer "adeus" à América. A esta América de Trump, claro. Sim, continua a haver uma América boa, cosmopolita, que gosta da democracia liberal, que compreende a vantagem da ligação à UE. Sucede que não sabemos se essa América certa (e, essa sim, grande e forte) vai voltar. Esperem o pior. Porque é provável que o pior esteja a chegar.