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Entrevista

Anselmo Borges: “Se as mulheres estivessem no topo da Igreja, a pedofilia não teria a extensão que teve”

Anselmo Borges: “Se as mulheres estivessem no topo da Igreja, a pedofilia não teria a extensão que teve”
Vanda Marques 19 de dezembro de 2021 às 10:00

As mulheres têm razões para estarem zangadas com a “Igreja oficial”, diz Anselmo Borges, padre e professor na Universidade de Coimbra. No seu novo livro defende que é preciso operar uma revolução na Igreja, para que não haja mais bispos-“príncipes”.

Conheceu João Paulo II enquanto estudante em Roma, quando dava aulas de português a um bispo do Vaticano. “Falámos um pouco. O que mais me marcou foi que eu o cumprimentei respeitosamente com um aperto de mão e lá no íntimo disse para mim mesmo: ‘É apenas um homem.’ Foi para mim a dessacralização do papado. Afinal, somos todos apenas seres humanos.” Anselmo Borges é um humanista, crítico de algumas posições da Igreja, como a forma como são tratados os recasados e as mulheres. No seu novo livro, O Mundo e a Igreja - Que Futuro?, editado pela Gradiva, o padre e professor na Faculdade de Letras, da Universidade de Coimbra, diz que a Igreja podia erguer uma “Governança Global”. Denuncia ainda um fascínio pelo consumismo e o egoísmo dos países ricos que até se reflete nas vacinas contra a Covid-19.

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