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A pedofilia na Igreja segundo o Estado Novo

Paulo Barriga
Paulo Barriga 23 de outubro de 2022 às 10:00

No tempo de Salazar a pedofilia era tabu. E quando os abusos envolviam ministros da Igreja o mais certo era a vítima ir parar à prisão. E o agressor ser indemnizado.

O abuso sexual de crianças por sacerdotes católicos portugueses deixou de ser um assunto de sacristia. Reservado. Condenado ao silêncio sepulcral das igrejas. A pedofilia abriu as portas do confessionário, expondo na praça pública um problema que se avoluma ao ritmo que se multiplicam as denúncias. Só nos primeiros 10 meses do ano foram validadas 424 queixas de ofensas sexuais praticadas por padres sobre menores, 17 das quais foram, entretanto, remetidas ao Ministério Público para subsequente investigação criminal. São as sinetas da “tolerância zero”, decretada pelo bispo de Roma, a tilintarem no País onde os costumes já foram mais “brandos”. Ou talvez não.

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