Sábado – Pense por si

Os primeiros dias dos portugueses na praia

Pedro Jorge Castro 09 de agosto de 2017 às 10:29

As primeiras aventuras balneares em Portugal incluíram dramas, medo, recomendações médicas, fatos-de-banho pudicos e flirts com espanholas

A praia começou por ser um drama. O escritor Gervásio Lobato, tio tetravô do humorista Nuno Markl, não conseguiu esquecer os dias negros que viveu aos 5 anos, em Setembro de 1855, quando a família o arrastava para o areal que então existia em frente à Torre de Belém, em Lisboa. "Eu tremia como varas verdes, chorava, gritava, rebolava-me pela areia, fingia doenças, mas era tudo em vão. Vinha o Roque, um banheiro muito alto, muito forte, muito vermelho de cabelos ruivos, pegava em mim e zás! Água te valha. Lembro-me ainda desse tempo com terror. O mês de Setembro era para mim um mês de suplício. Não tinha um minuto de felicidade nos 43.200 minutos desse negregado mês", escreveu na Ilustração Portuguesa em 1885, numa crónica citada por Maria Graça Briz na sua tese de doutoramento, A Vilegiatura Balnear Marítima em Portugal, 1870-1970.

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