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Um dos mais antigos caçadores do monstro do lago Ness achava que o trabalho "ia ser mais fácil"

Márcia Sobral 13 de maio de 2023 às 10:00

Steve Feltham passou mais de três décadas a tentar avistar a criatura, conhecida como Nessie.

Em 1991, Steve Feltham despediu-se e vendeu a casa que tinha em Dorset para se mudar, de malas e bagagens, para Dores, uma pequena região nas margens do lago Ness. O sonho era claro: descobrir o mistério do famoso monstro que dizem habitar naquelas águas.

REUTERS

Agora, 32 anos depois, admitiu numa entrevista àBBC Radioque na altura achava que o trabalho iria "ser mais fácil".

"Tive um avistamento no primeiro ano e pensei que não iria levar muito tempo até voltar a ver algo. Desde essa altura que estou parado, ainda à espera de um vislumbre ou de algo inexplicável", disse no programaGood Morning Scotland.

Tal facto poderá não ter ocorrido, mas só a tentativa já lhe valeu de algo. O nome de Steve Feltham já consta no livro dos recordes do Guinness como a pessoa que levou a cabo a mais longa vigília contínua ao Monstro de Loch Ness e em 2016 foi nomeado Embaixador do Ano pelo Highlands and Islands Tourism Awards.

A lenda desta criatura é antiga, da Idade Média, altura em que num livro, o monge irlandês São Columba, reportou ter avistado uma criatura estranha que "fluía pelo rio". Porém, de acordo com a BCC, o nome "monstro de Loch Ness", apenas surgiu em 1933 quando Aldie Mackay, gerente de um hotel na região, disse ter avistado "uma criatura parecida como uma baleia" a cair dentro do lago. Anos mais tarde, descreveu-a como sendo "preta, húmida, a enrolar-se na água" e a mesma acabou por ficar conhecida como "um monstro".

Todas as descrições feitas fizeram alguns cientistas pensar que se poderia tratar de um ser com semelhanças a um Plesiossauro, um animal parente dos dinossauros extinto desde o Mesozóico. Pelo que em 2019 vários investigadores tentaram pôr fim ao mito e chegaram à conclusão de que, afinal, os avistamentos deveriam ser apenas "enguias gigantes".

Já nas análises feitas à água, ficou descartada a presença de animais de grande porte no lago e não foram encontradas evidências de que tenham vivido ali répteis marinhos pré-históricos.

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