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Ryanair pede limite de duas bebidas por passageiro nos aeroportos europeus

Gabriela Ângelo 14 de janeiro de 2025 às 17:06

A companhia aérea apela a que as autoridades europeias imponham limites, depois de ter processado um passageiro alcoolizado por 15 mil euros, que obrigou a desviar um voo.

As companhias aéreas têm o direito de recusar o embarque a qualquer passageiro que considerem estar excessivamente alcoolizado. No entanto, a Ryanair apela agora às autoridades da União Europeia (UE) que limitem a venda e o consumo de álcool para duas bebidas por passageiros nos aeroportos dos estados-membros, de forma a evitar perturbações. "É altura das autoridades da UE tomarem medidas para limitar a venda de álcool nos aeroportos", defendeu a empresa. 

avião ryanair Thomas Frey/AP

Segundo a companhia aérea irlandesa, ao mostrar o cartão de embarque nos bares ou restaurantes que vendem álcool nos aeroportos, os passageiros devem ser limitados no seu consumo, tal como acontece no duty free. "Não compreendemos porque é que os passageiros nos aeroportos não estão limitados a duas bebidas alcoólicas (usando o seu cartão de embarque exatamente da mesma forma que limitam as vendas duty free), uma vez que isso resultaria num comportamento mais seguro dos passageiros a bordo." 

Este pedido segue-se ao caso legal da Ryanair que processou um passageiro e exigiu 15 mil euros de indemnização após este ter exibido comportamentos disruptivos, o que resultou numa aterragem de emergência no Porto de um voo que ia para Lanzarote. "É inaceitável que os passageiros sofram perturbações desnecessárias e uma redução do tempo de férias como resultado de comportamento indisciplinado de um passageiro", revelou um porta-voz da companhia aérea. 

No processo a companhia low cost pede 7.000 euros de custos de hotel para os 160 passageiros e seis tripulantes, 2.500 euros de taxas de aterragem e de assistência no aeroporto Francisco Sá Carneiro e 1.800 euros de custos de substituição de tripulação devido às restrições de horas de voo. A Ryanair pede ainda que o passageiro cubra os 800 euros de custos de combustível extra, 750 euros de perda de vendas a bordo e 2.500 euros de despesas legais em Portugal. 

Os funcionários da Ryanair acreditam que o problema não é dos passageiros que bebem no avião, mas sim os que consomem no aeroporto e parecem estar controlados ao entrarem a bordo mas depois tornam-se indisciplinados durante o voo: "Durante os atrasos dos voos, os passageiros consomem álcool em excesso nos aeroportos sem qualquer limite de compra ou de consumo".

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