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Quem é Adina Moshe, a israelita de 72 anos com passaporte português libertada pelo Hamas?

CM 24 de novembro de 2023 às 22:24

Mulher assistiu à morte a tiro do marido, no kibbutz Nir Oz, momentos antes do rapto fotografado por jornalistas palestinianos.

O rapto de Adina Moshe, uma israelita de 72 anos detentora de passaporte português, é um dos mais mediáticos já que foi dos poucos registados por fotógrafos palestinianos que acompanharam o ataque do Hamas em território de Israel no passado dia 7 de outubro. O homem de Adina Moshe, Said, foi assassinado pelos militantes do grupo radical palestiniano.

Adina Moshe, 72 anos

Adina foi fotografada a ser levada de mota por dois homens do Hamas, armados de ‘kalashnikov’, do kibbutz Nir Oz, onde morava, para parte incerta dentro da Faixa de Gaza onde se terá mantido até esta sexta-feira.

O casal foi surpreendido pelos radicais islamitas quando já se encontravam na sala segura, uma espécie de ‘bunker’ doméstico, existente na casa de ambos no kibbutz Nir Oz, localizado a dois quilómetros da cerca metálica que divide Israel da Faixa de Gaza e que os militantes do Hamas rebentaram para o ataque. Segundo informações da neta do casal, Said Moshe "tentou bloquear a porta" do compartimento quando foi alvejado na frente da mulher. A familiar revela ainda que Adina Moshe "foi levada descalça" pelos islamitas e terá sido pouco depois que foi fotografada por fotógrafos que acompanharam a ação do Hamas. A imagem correu mundo e é uma espécie de ícone da resistência dos muitos homens, mulheres e crianças feitos reféns pelo Hamas.

Adina Moshe recebeu o passaporte português já depois de ter sido raptada. A última vez que ela e Said estiveram em Portugal foi em junho passado, segundo revelou Anat Moshe em entrevista à RTP. O casal partilhou, na altura, fotos nomeadamente junto à Torre de Belém, em Lisboa e um vídeo numa praia portuguesa.

Adina Moshe nasceu no kibbutz Nir Oz e segundo relato de uma familiar à agência AP, a também cidadã portuguesa costumava brincar com a proximidade da sua casa a Gaza: "se algum dia os terroristas vierem faço café e sirvo biscoitos". A ironia não se cumpriu da forma que Adina relatava.

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