Secções
Entrar

Estudo mostra que se venderam mais livros em Portugal e houve mais jovens a comprar

Lusa 05 de setembro de 2024 às 10:33

Segundo os destaques da APEL, houve uma ligeira subida na percentagem de portugueses que compraram livros em 2023, passando de 62% para 65%.

O mercado livreiro português representou 187 milhões de euros em 2023, com um aumento de 7% nas vendas face ao ano anterior, segundo um estudo divulgado esta quinta-feira pela Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL).

JOSÉ COELHO/LUSA

O estudo, feito pela Nielsen/GFK para a APEL e que tem apresentação marcada para esta quinta-feira no encontro internacional Book 2.0, em Lisboa, é sobre o mercado do livro e sobre os hábitos de compra e de leitura dos portugueses.

Segundo os destaques da APEL, houve uma ligeira subida na percentagem de portugueses que compraram livros em 2023, passando de 62% para 65%.

A maior mudança registada foi "no perfil dos compradores, tendo em conta que a faixa etária dos 25 aos 34 anos passou a ser a que mais compra (76%) e que a faixa etária dos 15 aos 24 foi a que respondeu ter comprado mais livros do que em 2022, com 41% do total dos inquiridos", refere a APEL, em comunicado.

Há ainda a ter em conta que sete em cada 10 portugueses (73%) disseram ter hábitos de leitura e que leem, em média, 5,6 livros por ano.

"O papel continua a ser o formato preferido de 93% dos portugueses para ler, mas 17% refere que lê livros em formato digital", indica a APEL.

Sem especificar o total de respostas, o estudo refere que a maioria dos inquiridos (61%) prefere comprar romance, seguindo-se o policial, romance histórico e infanto-juvenil.

"Parece que finalmente estamos a adquirir hábitos de leitura e que mais pessoas estão a abrir portas a novos mundos e ideias, em especial nos mais novos, e isso advém da preocupação dos pais e cuidadores em envolvê-los na experiência da leitura e da compra do livro", afirmou o presidente da APEL, Pedro Sobral, em nota de imprensa.

O Book 2.0, que pretende pôr editores, empresários e psicólogos a debater o futuro dos livros, cumpre a segunda edição entre hoje e sexta-feira no Museu do Oriente, em Lisboa.

De acordo com o programa 'online', os protagonistas destes debates serão escritores, sobretudo autores ‘best-sellers’, mas principalmente diretores e presidentes de empresas, psicólogos, oradores e editores, nacionais e internacionais.

O Book 2.0 vai decorrer em complementaridade com a Festa do Livro de Belém e com o alto patrocínio da Presidência da República, pelo que Marcelo Rebelo de Sousa fará hoje o discurso de encerramento do primeiro dia.

Hoje haverá, por exemplo, um debate sobre a importância das bibliotecas públicas municipais, com responsáveis da área editorial, da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB) e da rede das bibliotecas municipais de Lisboa.

A ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, e o secretário de Estado Adjunto e da Educação, Alexandre Homem Cristo, vão debater a "intersecção entre a cultura e a educação", está prevista ainda a gravação ao vivo do ‘podcast’ "Porque Sim Não é Resposta", com Eduardo Sá e Judite França, e uma conversa entre o escritor brasileiro vencedor do Prémio Saramago Rafael Gallo e a escritora especialista em biblioterapia Sandra Barão Nobre.

O segundo dia do evento, na sexta-feira, começa com psicólogos, analistas, jornalistas e empresários a debater temas como as emoções, a felicidade e a educação.

Artigos Relacionados
Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela