Sábado – Pense por si

Restaurantes com história: o Pabe nasceu a servir champanhe e caviar

A ideia era ser Pub, mas a ditadura fez com que nascesse Pabe - e assim ficou. Foi nas suas mesas que Balsemão recrutou o motorista de sempre e que Marcelo Rebelo de Sousa viu ser-lhe negado um bife em tempos de Revolução: “Para esse fascista, nada.”

Foi ainda durante a ditadura que o Pabe nasceu - assim mesmo, com “e” no fim, para contornar a proibição de Salazar, que não aceitava o termo britânico Pub. “O advogado da altura converteu o Pub em Pabe, para passar”, explica à SÁBADO Luís Espírito Santo, um dos atuais sócios do espaço. Em 1972, quando foi inaugurado, o Pabe já era um restaurante de luxo, feito à medida do milionário iraniano Parviz Parviz, o mais importante quadro da Firestone em Portugal, que vivia entre Londres e Lisboa. “Era familiar do Xá da Pérsia”, acrescenta Luís Espírito Santo. A seu pedido, o caviar que se servia no Pabe vinha diretamente do Irão, o rosbife chegava da Califórnia e o champanhe das mais importantes casas francesas.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais

Variações Presidenciais 

Foi o facto de se sentir zangado com a atitude da primeira figura do estado, que impulsionou Henrique Gouveia e Melo a se candidatar ao cargo de quem o pôs furioso.