Ninguém parece ter dúvidas: Angela Merkel e Nicolas Sarkozy reuniram e oferecem-nos, como habitualmente, uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma.
Ninguém parece ter dúvidas: Angela Merkel e Nicolas Sarkozy reuniram e oferecem-nos, como habitualmente, uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma. Querem ganhar tempo. E esse é o bem mais caro para a zona euro. A senhora Merkel não consegue já fingir que é uma rainha santa: do seu regaço não saem pães mas sim rosas com espinhos. Sarkozy e Merkel mostraram mais uma vez que a sua visão para o futuro da Europa é um enigma. Que não consegue ser decifrado por ninguém. A senhora Merkel deveria saber, como física de formação, que quando se tenta caminhar sobre as águas há poucas hipóteses de isso poder acontecer. Até porque, apesar de rodeada pelos seus alunos bem comportados que obedecem à cadeia de comando alemã, há algo que começa a ser óbvio: a Europa sensata começa a estar farta de estar à espera da Alemanha. A política de austeridade está a travar qualquer crescimento. É o preço a pagar por a Europa continuar a viver acima das suas possibilidades. Mas, sem decisões sérias, a Europa está a tornar-se uma estátua de gelo. Esta é a Europa dos aprendizes de Smurfs. Porque nem conseguem ser Estrumpfes. Algo que não agrada nem aos mercados, nem aos eleitores. Ou seja, inerte como está, a Europa está a tornar-se irrelevante. Sobretudo deixa, para lá de se tornar um poder económico frágil, de ser uma autoridade moral que funcione como referente do sistema democrático no mundo. A imagem que a Europa está a dar ao mundo é simples: não há liderança política. Ninguém decide. Chegámos à época da democracia de plasticina. Tem a forma que se quer. Ou não tem forma nenhuma.
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No feudalismo medieval, o feudo era a unidade básica: uma porção de terra concedida por um senhor a um vassalo, em troca de lealdade e serviço. A terra determinava o poder.
E essa gente está carregada de ódio, rancor e desejos de vingança, e não esquecem nem perdoam o medo e a humilhação que aqueles seus familiares (e, em alguns casos, eles próprios, apesar de serem, nessa altura, ainda muito jovens).
A evolução das políticas públicas de energia e ambiente, desde a década de 70, tem sido positiva, especialmente no domínio da agenda e formulação de políticas, atravessando governos diversos, embora muito por efeito da nossa integração europeia.
Cenas de mau-gosto como equiparar fascismo e comunismo, sistemas ditatoriais aspirando a dominação totalitária, «não se faziam em jantares de esquerda»