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José Sócrates transformou o PS num fenómeno religioso. O seu Secretariado Nacional é uma falange de apoio que vela as suas palavras.
Sócrates é uma religião moderna disfarçada de política. Foi por isso que durante seis anos não precisou de governar. Bastou-lhe pairar nas sondagens. Deixou uma herança dramática: Portugal é hoje uma Bambi indefesa perdida no seu destino. Pior: abriu a caixa de Pandora para uma forma de fazer política onde o que interessa é a imagem e o ruído. As gaitas de foles e a pose para saber se fica melhor do lado direito ou do esquerdo das câmaras de televisão são as duas faces da mesma política diletante. Eça de Queiroz dizia que, no seu tempo, o povo rezava, a única coisa que fazia para além de pagar. Hoje é também o bombo da festa alheia. O problema é que Sócrates semeou o latifúndio político nacional. Legou-nos uma classe política que vive da pequena e média intriga, da guerrilha inútil e dos dislates sucessivos. Com o FMI e a UE a pairarem sobre nós, a classe política diverte-se numa mega-feijoada como se a crise fosse um problema alheio. O País está incrédulo. Mas há momentos de animação. Fernando Nobre é o perpétuo desmentido de si próprio. Vive em lua-de-mel com a sua imagem. Transformou-se num "freak--show". O PSD deveria mandá-lo calar. Até às eleições, pelo menos. Mas ele simboliza a desertificação cultural do País. As ideias foram penhoradas e substituídas por homens que se julgam providenciais. Portugal está mal. Deciframos os problemas, vemos o que está mal, iluminamos a corrupção, mas nada acontece. Resta-nos rezar. Pagar. E calar.
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O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.