Recordo a satisfação sentida - e o orgulho - quando foi anunciada em Maio de 1998, a selecção de Portugal para a 3ª fase da UEM. Na altura não era possível antecipar que a Europa viria a atravessar uma forte recessão que afectaria fortemente uma economia frágil como a portuguesa. Mas admiti que o esforço de consolidação orçamental e de redução da dívida pública que tinham sido conseguidos - num quadro de crescimento económico mais favorável, é certo - podiam não ter sido "interiorizados" como uma prática a seguir mas apenas como uma obrigação. Mas mesmo antecipando que poderíamos voltar a entrar em défice excessivo, jamais pensei que poderíamos vir a estar numa situação de um pedido de ajuda financeira.