Dezenas de migrantes de um centro de detenção da capital de Espanha iniciaram ontem um motim, subindo para o telhado e partindo mobílias. O grupo foi convencido a descer no final desta manhã
Dezenas de migrantes de um centro de detenção da capital de Espanha iniciaram na terça-feira um motim, subindo para o telhado e partindo mobílias, sem causar feridos, indicou um porta-voz da presidente da câmara madrilena.
Às primeiras horas de hoje, os migrantes reuniram-se no exterior do centro gritando "liberdade, liberdade", enquanto 15 estavam sentados no telhado, de acordo com um jornalista da agência AFP.
Ao fim de 12 horas, o grupo decidiu deixar esta manhã o telhado do Centro de Internamento de Estrangeiros de Aluche, em Madrid, segundo a imprensa espanhola.
O porta-voz da Polícia Nacional espanhola, citado pela imprensa, explicou que os imigrantes não estavam armados e negou que a revolta se tenha iniciado devido à redução da presença de polícias que teriam sido deslocados para reforçar a segurança em redor do estádio do Real Madrid, onde se verificaram distúrbios na terça-feira à noite.
Os migrantes tinham bloqueado as câmaras de segurança do interior do edifício e partiram mobílias para conseguirem chegar ao telhado, indicou o jornal espanholEl País.
A presidente da Câmara de Madrid, Manuela Carmena, mostrou-se preocupada. "Incidentes em centros de detenção continuam a preocupar-me", escreveu na rede social Twitter, afirmando que "os direitos humanos são a prioridade".
Associações e académicos têm denunciado, com regularidade, as condições dos sete centros de detenção de imigrantes de Espanha - comparando-as às das prisões, ao descrever quartos sobrelotados, casas-de-banho sujas e que oferecem pouco ao nível dos serviços sociais ou de tradutores.
Os centros destinam-se a pessoas que entraram em Espanha sem a autorização de residência e que se encontram no processo de serem deportadas.
Em Outubro, 67 imigrantes sem autorização de residência conseguiram fugir de um centro de detenção onde se encontravam perto da cidade de Murcia.
Um dos imigrantes fingiu, primeiro, estar doente, antes de os outros se amotinarem quando a ambulância chegou.
Motim em centro de detenção de imigrantes em Espanha
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